Um tamanduá-bandeira foi resgatado após invadir uma residência no município de Sorriso (MT). O resgate do tamanduá aconteceu nesse domingo (23).
Equipes do Corpo de Bombeiros (10ª CBM) e do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF) realizaram o resgate do tamanduá-bandeira. A espécie é considerada ameaçada de extinção.
O Diretor do NIF, Reinaldo Nunes, contou ao g1 que o animal foi encontrado em uma construção em anexo a uma casa já habitada na cidade. Para resgatá-lo, as equipes fecharam as saídas e o direcionaram para uma armadilha.
“Pegamos uma caixa de transporte do Corpo de Bombeiros e a colocamos na saída de um banheiro inacabado. Cobrimos essa caixa para oferecer um local escuro para que ele pudesse se sentir seguro, e deixamos a tampa e a guilhotina armadas. Em seguida, fizemos o afugentamento até ele entrar na caixa”, explicou ao G1.
Segundo Reinaldo, não houve estresse para o animal e o resgate foi seguro. Após o resgate, o animal foi devolvido a uma área de mata preservada.
“O tamanduá-bandeira consta na lista dos animais ameaçados de extinção, então não é um animal muito comum de ser ver. Faz 12 anos que trabalho com fauna e essa é a primeira vez que faço a captura de um tamanduá em área urbana”, disse.
Reinaldo contou que próximo à região onde o tamanduá foi resgatado há uma área de reserva legal com algumas fazendas. A suspeita é que ele tenha saído dessa região para a cidade.
“São áreas bem preservadas, com alguns corredores ecológicos, então é comum que nessas áreas recém urbanizadas encontrem animais desse tipo. Eles entram por essas áreas de mata e muitas vezes são agredidos por cachorros e acabam entrando nas casas”, contou.
Outro motivo para esses animais entrarem na cidade é a perda de habitat. Segundo o diretor do NIF, várias cidades estão em expansão acelerada e acabam construindo em áreas onde vivem animais silvestres.
“Há a perda de habitat que resulta na perda de alimentos, então essas espécies vão para a cidade em busca de alimento”, pontuou.
A orientação da equipe é que as pessoas não mexam com animais silvestres e acionam os órgãos ambientais para tomar as providências necessárias.
“Sempre que encontrarem um animal silvestre, jamais tente interagir. Tem que deixar esse trabalho para pessoas que tem habilitação para fazer o resgate”, ressaltou.