Em pleno dia dois guerreiros se posiciona estrategicamente na entrada de uma colmeia. Com olhos atentos e paciência invejável, o sapo-cururu (Rhinella diptycha) se alimenta de abelhas exóticas do gênero Apis, aquelas mesmas que, apesar de sua importância para a produção de mel, causam impactos negativos à fauna nativa do Brasil.
Embora o sapo-cururu seja frequentemente injustiçado e perseguido por humanos devido à sua aparência peculiar e secreção cutânea tóxica, ele desempenha um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema.
Esses anfíbios ajudam a conter populações de insetos invasores e contribuem para o controle biológico de espécies que ameaçam abelhas nativas e outros polinizadores.
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Sapo-cururu vs. abelhas exóticas: o pequeno predador que protege a fauna brasileira
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Abelhas Exóticas: Amigas ou Vilãs?
A Apis sp, introduzida no Brasil para a produção de mel, pode competir agressivamente com espécies nativas por recursos e abrigos, além de ser uma das maiores responsáveis por ataques a humanos. Sua presença em cavidades naturais pode deslocar aves, mamíferos e outros insetos essenciais para o ecossistema.
Nesse cenário, o sapo-cururu não é um vilão, mas um verdadeiro aliado do equilíbrio ambiental. Ao se alimentar dessas abelhas exóticas, ele contribui para reduzir os impactos negativos que essas espécies invasoras podem causar à biodiversidade brasileira.

Então, da próxima vez que encontrar um sapo-cururu no quintal, lembre-se: ele pode ser um dos mais discretos, porém valiosos, defensores da nossa fauna!