Será mesmo que pescadores encontraram um cobra naja no Brasil? Vídeo que circula na redes sociais mostra o momento em que pescadores encontram uma cobra parecida com uma naja.
Porém, na verdade trata-se de uma cobra surucucu-do-pantanal (Hydrodynastes gigas). É uma serpente de grande qe pode ter um comprimento em excesso de 3 metros quando adulta, endêmica da América do Sul. E ao sinal de possível perigo, ela levanta a cabeça se armando como se fosse uma temida cobra naja.
Porém, a maioria chegam a aproximadamente 2 m em comprimento total. Possui um corpo médio e portanto não é particularmente pesada nem delgada, mas é um dos membros de Colubroidea mais maciços quando atinge tamanho adulto. Os machos são muito menores do que as fêmeas.
A surucucu-do-pantanal tem a habilidade de achatar seu pescoço como ação defensiva, semelhante a uma cobra, para aparecer-se maior e mais intimidadora.
Todavia ela pode achatar não só seu pescoço, mas áreas mais adiantes em seu corpo também, o que não é possível para uma cobra verdadeira. A surucucu-do-pantanal tem olhos grandes com pupilas circulares, permitindo boa visão durante o dia. Sua língua é preta, e típica de serpentes. Uma surucucu-do-pantanal na rua em Poconé, Mato Grosso, visível as faixas negras típicas ao longo de seu corpo.
O padrão e a coloração desta espécie de Hydrodynastes superficialmente assemelham-se aos do subgênero Boulengerina, cobras verdadeiras. A cor de fundo de uma espécime madura é um verde-oliva ou marrom, com faixas negras cobrindo muito do seu corpo, e também atrás dos olhos.
A coloração e faixamento do fundo geralmente se tornam mais escuras para o fim da cauda. Isto da à surucucu-do-pantanal camuflagem em seu meio ambiente natural na floresta úmida. Suas escamas ventrais são amarelas ou marrons, sarapintado com nódoas que formam três linhas pontilhadas que parecem fundir-se na direção da cauda. Já foi sugerido que as fêmeas são marrons ventralmente enquanto os machos são amarelos, e que fêmeas tem faixas e marcas mais claras em seus corpos.
Isto não é uma maneira efetiva de julgar o sexo de uma surucucu-do-pantanal, pois há pequenas variações em coloração entre todos indivíduos. Os dentes posteriores maxilares da surucucu-do-pantanal são alargados, e a glândula de Duvernoy produz uma secreção com atividade proteolítica alta.
Além da habilidade desta serpente grande e poderosa a infligir trauma mecânico, já houveram numerosos casos de envenenamento local e possivelmente hipersensibilidade, a maioria dos qual passaram não-reportados. Mordidas prolongadas, onde o veneno é mastigado no local, podem resultar em inchaço doloroso, de vez em quando extensivo e persistente, assim como hematomas.
Mesmo assim, a espécie continua aumentando em popularidade como um animal de estimação, especialmente em anos recentes. Em um caso, um empregado de uma loja de animais foi mordido no pulso por uma espécime que não o soltou por um minuto e meio. Houve inchação leve, mas depois de nove horas, a vítima alegou a ter sofrido três surtos de paralisia muscular, durante o qual ele caiu e não teve a habilidade de comunicar ou se mover.
Entretanto, uma examinação medica não produziu nenhum resultado anormal. Os sintomas descritos podem ter sido a consequência de ansiedade Na América do Sul, a surucucu-do-pantanal pode ser encontrada do leste da Bolívia até o sul do Brasil, no Paraguai e na Argentina. A surucucu-do-pantanal geralmente vive em áreas úmidas e, como seu nome implica, em pântanos, tipicamente dentro das florestas tropicais que são comuns dentro de seu alcance. Contudo, a surucucu-do-pantanal já foi observada em áreas mais secas, embora este não é seu habitat favorecido.
A preferência de zonas úmidas como um habitat para a surucucu-do-pantanal contribui ao seu nome comum anglófono, false water cobra (falsa-cobra-d’agua). alimenta de anfíbios, peixes, mamíferos pequenos, e outras cobras, particularmente colubrídeas, e de modo geral há uma correlação positiva entre tamanho de cobra e de sua presa.
Já foi observada caçando em aguas rasas usando uma tática onde, com seu corpo submerso e sua cabeça pouco acima da superfície da agua, ela movimenta sua cauda para espantar as rãs abrigadas. Assim, quando as suas presas saltam, procura captura-las.
Também pode apresentar um dente diferenciado na parte superior de sua boca, usado para furar os pulmões de anfíbios que se inflam como defesa. Em cativeiro, pode ser introduzida a outros tipos de comida, também.
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