Passarinho ‘rouba’ fone de repórter durante entrada ao vivo; VÍDEO

Fonte: CenarioMT

No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares
No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares

Um passarinho chamou a atenção dos telespectadores de um canal de televisão no Chile, ao ‘roubar’ o fone de ouvido do repórter durante uma participação ao vivo.

O repórter Nicolas Cruz estava em mais um dia comum de sua rotina de trabalho, quando o passarinho sentou em seu ombro e pegou o fone de ouvido sem fio.

Em seguida, a ave saiu voando, deixando o repórter sem reação.

O caso, um tanto inusitado, chamou a atenção e viralizou nas redes sociais.  O passarinho que ‘roubou’ o fone é da espécie caturrita.

A Caturrita

caturrita ou periquito-monge (Myiopsitta monachus), também conhecida como periquito torrenhocatorramiranha ou cocota, é uma ave da família Psittacidae.

A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da América do Sul. São encontradas nos pampas à leste dos Andes na Bolívia, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil até a região da Patagônia na Argentina. A caturrita também é conhecida no Brasil por catorracocotaperiquito barrosopapo branco e outros nomes, dependendo da região.

As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 30 cm de comprimento total.

As caturritas são aves gregárias, que vivem em bandos de 15 a 20 aves (bandos maiores, até de 100 aves, não são incomuns), e não migratória. A época de reprodução decorre de julho a novembro.

A caturrita é a única espécie de psitacídeos que constrói o seu próprio ninho. Todos os outros membros do grupo (papagaios, araras, etc) fazem ninhos em buracos ocos de árvores, barrancos ou cupinzeiros.

Os casais de caturritas nidificam com o resto do seu bando e podem formar ninhos comunitários com, no máximo, um metro de diâmetro e 200 kg de peso. Os ninhos são estruturas cilíndricas fechadas, unidas aos ninhos vizinhos através das paredes externas. As caturritas constroem os ninhos com gravetos, nos galhos mais altos de diferentes tipos de árvores como eucaliptos, coqueiros, e também butiazeiros. Os ninhos são usados durante todo o ano.

O cultivo de eucalipto, originário da Austrália e introduzido no Brasil entre os anos de 1855 e 1870, também tem um papel importante na explosão populacional das caturritas.
O cultivo de eucalipto, originário da Austrália e introduzido no Brasil entre os anos de 1855 e 1870, também tem um papel importante na explosão populacional das caturritas. Foto: Criadouro AgroVida

Quando não estão no período reprodutivo, as caturritas usam-nos para dormir ou como protecção em caso de tempestades. As caturritas chega a por 11 ovos por postura, sendo que cerca de 7 dos filhotes conseguem chegar a idade adulta.

Na natureza, a alimentação das caturritas é composta por frutos, verduras, legumes, sementes de arbustos e capins, flores e brotos, e mesmo em cativeiro, não é recomendado o uso de alimentos fora desse padrão.

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.