Os Pesquisadores do Instituto Mamirauá aproveitarão o período de chuvas na floresta amazônica para executar o monitoramento de onças. Em março, devido ao aumento do nível dos rios, há uma redução da área disponível para os felinos, que buscam abrigo nas árvores.
Armadilhas com laços camuflados na folhagem são preparadas para capturar os animais. Os grupos de pesquisa se aproximam em canoas e realizam o trabalho de observação dos animais, dificultado durante a seca. Para isso, as onças são imobilizadas para instalar um colar que permite monitorar a localização por satélite.
A partir da observação e dos dados de movimentação, os pesquisadores terão mais informações para entender as necessidades ecológicas da onça-pintada da Amazônia.
O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Onças na Amazônia
As onças são animais carnívoros muito importantes para a floresta amazônica. Elas têm sido alvo de caçadores durante séculos, e é por isso que um grande número delas está desaparecendo da região. São animais arborícolas, o que significa que gostam de se locomover e caçar nas árvores, além de também correr por terrenos abertos, como campos e pastos.
O bioma amazônico já foi lar de cinco espécies de onça: a jaguatirica (Panthera onca), o jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi), o manigordo (Leopardus wiedii), o margay (Leopardus wiedii) e o puma (Puma concolor). No entanto, as duas primeiras espécies ainda são encontradas na região, embora em número reduzido.
Os viveiros para onças no Amazonas tem como objetivo reproduzir e proteger a fauna do local, preservando assim toda a biodiversidade existente no bioma. Alguns projetos de recuperação já foram iniciados, como o Kaa-Iya, que tem como meta implantar um programa de reabilitação de onças no parque nacional Chiquitano, na fronteira entre Bolívia e Brasil.