Um incrível flagrante de uma cobra sucuri-verde devorando um cachorro chamou a atenção dos moradores do Residencial Aurília Salles Curso, no município de Várzea Grande em Mato Grosso (MT).
O flagrante aconteceu na noite de quinta-feira, 30 de março. Os moradores do local acionaram o Corpo de Bombeiros e também a Polícia Militar Ambiental, que realizaram o resgate da sucuri com segurança.
Quando as equipes chegaram ao local, o cachorro já estava sem vida.
Luis Wilke, morador do residencial ao perceber o que estava acontecendo, fez as imagens da sucuri devorando o cachorro, bem como o resgate da anaconda.
Nas proximidades de onde a sucuri estava, há um rio e uma área de mata. Muito provável que a cobra viva nessa região.
“A gente precisa entender que antes dos Seres Humanos construírem as cidades, eram os animais que estavam ali. E o que acontece é que com a expansão humana, os animais vão ficando sem seus territórios. No processo da caça, eles acabam sendo atraídos para os ambientes semiurbanos, onde se tem, por exemplo, a presença de ratos. E uma sucuri daquele tamanho, vira e mexe, pode acabar trazendo transtornos comendo um gato ou até mesmo um cachorro”, comentou ao portal CenárioMT, o Biólogo Henrique Abrahão.
O biólogo que é conhecido por ter mais de 1 milhão de inscritos em seu canal no Youtube, lembrou ainda que o fato de haver muitos animais (cães e gatos) soltos nas ruas, pode haver uma disputa territorial com outros animais.
“Pode haver conflito de cães ou gatos matando as serpentes, o que rotineiramente acontece, mas o contrário também pode acontecer. Só precisamos entender que não podemos demonizar esses animais e matá-los por uma coisa que aconteceu. O certo é chamar as autoridades competentes para que essas possam fazer o resgate e tirar o animal da zona de conflito”, completou o especialista.
Assista aos vídeos gravados por Luis Wilke, do momento em que a cobra sucuri é flagrada devorando o dog.
Quem são as sucuris?
De habito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do Sul e podem ser divididas em quatro espécies:
Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do Pantanal; Eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do Cerrado e da Amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; Eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na Ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia e Eunectes beniensis, a sucuri-da-bolívia.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.
As fêmeas ganham o benefício direto de uma refeição rica em proteína pós-copulatória quando consomem seus parceiros, juntamente com o benefício indireto de recursos adicionais para usar na formação da prole.
Se você gostou deste post: Majestosa cobra sucuri aparece em estrada no Mato Grosso –vai gostar também de ler esta notícia: Cobra caninana prega susto em tratorista
Siga-nos no Facebook e Twitter para se manter informado com as notícias de hoje!