Um guia turístico flagrou o exato momento em que uma onça-pintada ataca um jacaré no Pantanal Mato-Grossense.
O registro da onça-pintada fazendo um lanchinho com o jacaré foi feito pelo guia turístico Eduardo Falcão, na terça-feira (21).
A região onde aconteceu o ataque da onça contra o jacaré aconteceu no Parque Estadual Encontro das Águas, em Porto Jofre, local de maior concentração de onças-pintadas do mundo.
De acordo com o guia, a onça estava caminhando pelo barranco até se aproximar do jacaré que estava dormindo as margens do rio.
Xingu, como é conhecida a onça macho, esperou alguns instantes atrás do animal e, então, partiu para o ataque. Xingu é monitorado pelos responsáveis pelo parque, sendo uma das maiores onças da região.
“Vimos ele caminhando pela beira do rio, quando se deparou com um jacaré que estava dormindo. Ele chegou pela vegetação e esperou um pouquinho e, então, fez o ataque. Isso foi ao meio dia e pouco, na hora do almoço. Depois que ele pegou o jacaré, foi para o mato para se alimentar e não voltou mais”, contou Eduardo ao portal G1.
Onça-pintada
A onça-pintada ou jaguar (nome científico: Panthera onca), também conhecida como onça-preta (no caso dos indivíduos melânicos), é uma espécie de mamífero carnívoro da família dos felídeos (Felidae) encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano.
Apesar da semelhança com o leopardo (Panthera pardus), a onça-pintada é evolutivamente mais próxima do leão (Panthera leo). Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas está extinta em diversas partes dessa região atualmente.
Nos Estados Unidos, por exemplo, está extinta desde o início do século XX, mas possivelmente ainda ocorre no Arizona. É encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, e geralmente não ocorre acima dos 1.200 m de altitude. A onça-pintada está fortemente associada à presença de água e é notável como um felino que gosta de nadar.
É um felino de porte grande, com peso variando de 56 a 92 quilos, podendo chegar a 158 quilos, e comprimento variando de 1,12 a 1,85 m sem a cauda, que é relativamente curta. Fisicamente semelhante ao leopardo, dele se diferencia pelo padrão de manchas na pele e pelo maior tamanho. Existem indivíduos totalmente pretos.
As onças pintadas possuem mandíbulas excepcionalmente fortes, apresentando as mais poderosas mordidas dentre todos os grandes felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro.
É um animal crepuscular e solitário. Caça através de emboscadas, sendo um importante predador no topo da cadeia alimentar e pode comer qualquer animal que seja capaz de capturar, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas.
Porém, tem preferência por grandes herbívoros, podendo atacar o gado doméstico.
Frequentemente convive com a onça-parda (Puma concolor), influenciando os hábitos e comportamento deste outro felino. A área de vida pode ter mais de 100 quilômetros quadrados, com os machos tendo territórios englobando o de duas ou três fêmeas. A onça-pintada é capaz de rugir e usa esse tipo de vocalização em contextos de territorialidade.
Alcança a maturidade sexual com cerca de 2 anos de idade, e as fêmeas dão à luz geralmente a dois filhotes por vez, pesando entre 700 e 900 gramas. Em cativeiro, a onça-pintada pode viver até 23 anos, mais do que em estado selvagem.
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