Uma jaguatirica foi flagrada encurralada tentando entrar em uma área de vegetação, no perímetro urbano do município de Primavera do Leste, em Mato Grosso.
O flagrante foi feito na madrugada desta quinta-feira (28) pelo agricultor Mateus Viana.
Nitidamente apavorada, a jaguatirica tentava passar por um alambrado que cerca a área verde.
De acordo com o biólogo Fernando Torrtato, doutor em ecologia e conservação da biodiversidade e pesquisador associado da ONG Panthera, não é raro ver animais como jaguatiricas em áreas urbanas de Mato Grosso.
“Eventualmente pode até entrar em ambientes urbanos durante a noite, mas não é comum e ali ela ficou encurralada pela tela, sem ter como fugir. Geralmente, ela fica em ambientes de florestas e evita a cidade”, explicou o profissional ao G1.
A Jaguatirica
A jaguatirica (nome científico: Leopardus pardalis) ou ocelote é um mamífero carnívoro da família dos felídeos (Felidae) e gênero Leopardus. São reconhecidas 10 subespécies, e o gato-maracajá (L. wiedii) é a espécie mais próxima da jaguatirica.
Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas já foi extinta em algumas regiões de sua distribuição geográfica. Habita todos os tipos de ambiente ao longo de sua distribuição geográfica, até cerca de 1200 m de altitude.
É um felídeo de porte médio, com 72,6 a 100 centímetros de comprimento e peso entre 7 e 15,5 quilos. O padrão de coloração da pelagem é muito semelhante ao do gato-maracajá (L. wiedii), mas a jaguatirica é maior e possui a cauda mais curta.
É um animal solitário, noturno, territorial e os machos possuem territórios que se sobrepõem sobre os de várias fêmeas. Alimenta-se principalmente de roedores, mas também de animais de porte maior como ungulados, répteis, aves e peixes.
Caça à noite, formando emboscadas. Alcança a maturidade sexual entre 26 e 28 meses de idade, e as fêmeas dão à luz geralmente um filhote por vez, com cerca de 250 gramas. Geralmente, filhotes nascem a cada 2 anos. Em cativeiro, a jaguatirica pode viver até 20 anos, o dobro da sua longevidade no estado selvagem.
A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais lista a jaguatirica como estado de conservação “pouco preocupante” e ela está incluída no apêndice 1 da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção.
É o mais abundante dentre os felídeos sul-americanos, apesar de as populações estarem decaindo. A situação de conservação varia, e é listada como “vulnerável” na Colômbia e Argentina.
No Brasil, apenas a subespécie L. p. mitis foi considerada em alguma categoria de ameaça, mas atualmente ela não figura na lista nacional. Já foi muito caçada por conta do comércio ilegal de peles e vendida como animal de estimação, mas a maior ameaça é a destruição e degradação do habitat.
A sua beleza e relativa docilidade já fizeram com que a jaguatirica fosse desejada como um animal de estimação exótico. Por ser de porte relativamente menor, a espécie não traz problemas com ataques a seres humanos, mas pode causar problemas com ataques a galinheiros.
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