O Ibama e o Instituto Floresta Cheia, com apoio da Fazenda Água Bonita e da Reserva Ecológica Porto das Antas, reabilitaram uma loba-guará e a soltaram no ambiente natural. O animal passou dois anos em tratamento antes de voltar para o seu habitat.
Ela foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBM/GO) e encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/Ibama), em dezembro de 2021. Na época era filhote e estava gravemente ferida.
Após cinco meses no Cetas, foi transferida para um recinto de 1000 m², em Aporé (GO), numa Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas). As Asas são cadastradas pelo Ibama para auxiliar no processo de reabilitação. A fêmea permaneceu, praticamente, 18 meses sem contato com seres humanos.
Nesse período, foi estimulada à caça e passou por exames realizados com o apoio do Instituto Floresta Cheia e de recursos obtidos por meio de acordos e transações penais do Ministério Público de Goiás (MP/GO).
Antes da soltura, a loba-guará recebeu um colar com receptor e transmissor via satélite, obtido a partir do projeto de apoio aos Cetas no Programa de Conversão de Multas do Ibama. O equipamento será usado para a captura de informações e para o monitoramento pós-soltura, que será acompanhado por biólogos e veterinários do Cetas/Ibama e do Instituto Floresta Cheia.
A rastreabilidade é importante para medir a eficácia da reabilitação, da soltura e de eventuais ameaças. A espécie está na categoria “Vulnerável”, cuja depredação é reforçada pelo desmatamento do Cerrado.
Nos últimos quatro anos, 32 animais deram entrada no Cetas de Goiânia, a maioria atropelados. Alguns vieram a óbito, dada a gravidade dos ferimentos, 13 já foram reabilitados e soltos e outros estão no processo final de tratamento.
Por: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
