A morte de uma criança indígena, de 11 anos, está sob investigação por parte da Vigilância Epidemiológica do município de Tangará da Serra, em Mato Grosso (MT).
A criança foi picada por uma cobra cascavel, porém, a identificação errada da cobra, fez com que a criança recebesse soro antiofídico contra ataque de cobras jararacas.
O acidente com a cobra peçonhenta aconteceu no dia 30 de setembro, sendo que o óbito da criança foi confirmado no dia 1º de outubro. Porém, somente houve a divulgação do caso na última segunda-feira, 17 de outubro pela equipe da Vigilância Epidemiológica do município.
Veja no vídeo a seguir, uma cobra cascavel chacoalhando o guizo em forma de alerta contra o perigo
Cascavel ou cobra cascavel é o nome genérico dado às cobras peçonhentas dos géneros Crotalus e Sistrurus. As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano.
Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina.
A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico.
Embora no conceito popular o número de anéis do guizo às vezes é interpretado como correspondente à idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele.
A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal
Orientação
Importante que quando houver acidente envolvendo animais peçonhentos, o paciente deve ser encaminhado para uma unidade de saúde, de preferência da rede pública, onde são encontrados os soros para o tratamento.
É importante também que, se possível, faça o registro fotográfico da cobra que atacou para a rápida identificação e administração do soro correto.
Evitar de levar o animal junto a unidade de saúde ajuda a evitar novos acidentes.
Casos registrados
Somente em 2020, o município de Tangará da Serra registrou 540 ataques por animais peçonhentos.