Um gambá foi flagrado abatendo uma das serpentes mais letal do Brasil.
O flagrante do gambá se alimentando da cobra-coral-verdadeira foi feito por Haroldo Bauer – O Rei das Serpentes – e sua equipe no sertão pernambucano. De acordo com Bauer, trata-se de um registro inédito e mostra a importância do gambá no equilíbrio do ecossistema.
As cobras-corais-verdadeiras apresentam uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar “grudada” para inocular a peçonha pelas pequenas presas.
Neste caso, de acordo com Bauer, o gambá é imune a toxina contida na peçonha da cobra-coral.
Assista:
O GAMBÁ
O gambá, também chamado de sariguê, saruê ou é um mamífero marsupial do gênero Didelphis, encontrado desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul.
É um dos maiores marsupiais da família dos didelfiídeos. É onívoro.
Seu principal predador é o gato-do-mato (Leopardus spp.). Por conta do nome é, por vezes, confundido com o Gambá listrado (Mephitis mephitis), que não é um marsupial, mas um mustelídeo (ou um mefitídeo).
Os gambás são animais com quarenta a cinquenta centímetros de comprimento, sem contar com a cauda, que chega a medir quarenta centímetros. Têm um corpo parecido com o do rato, incluindo a cabeça alongada, mas com uma dentição poliprotodonte.
A cauda tem pelos apenas na região proximal, é escamosa na extremidade e é preênsil, ou seja, tem a capacidade de enrolar-se a um suporte, como um ramo de árvore.
As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras; o hálux (primeiro dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível e, em vez de garra, possui uma unha.
Ao contrário da maioria dos marsupiais, sua cauda é menor que seu corpo. Assim como em outros marsupiais (como o canguru), as fêmeas dos gambás possuem marsúpio e vagina bifurcada, mas nenhum dos canais é utilizado para o parto ou para a excreção de urina.
São animais solitários, exceto durante a época reprodutiva. Apresentam hábitos noturnos e crepusculares, se abrigam em cavidades entre rochas ou dentro de troncos ocos, sob a cobertura de arbustos ou plantas mortas e até dentro em tocas, muitas vezes cavadas por eles mesmos.
São marsupiais nômades que apenas permanecem em um mesmo lugar durante períodos variáveis de tempo em função da espécie e distribuição geográfica, mostrando sinais de comportamento territorial e agressivo, defendendo-se violentamente de outros congêneres. Apenas as fêmeas, ocasionalmente, tendem a viver em pequenos grupos, enquanto os machos, por sua vez, costumam brigar quando se encontram.
Apesar da agressividade e aparência feroz que caracteriza as espécies deste gênero, quando se sentem ameaçados, às vezes fingem estar mortos (tanatose) até que o predador desista. Deitados lateralmente em um estado catatônico, com os músculos completamente flácidos, somente um eletroencefalograma pode mostrar o estado de alerta extremo em que eles se encontram.
Por serem animais muito oportunistas e onívoros, eles também se adaptaram à vida em ambientes urbanos, embora não sejam vistos com frequência devido ao seu comportamento noturno e evasivo. As maiores ameaças a esses animais, além da destruição de habitat, são atropelamentos nas estradas, ataques de animais domésticos como cães e também conflitos com humanos. Algumas comunidades locais em certas regiões também os caçam para se alimentar.
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