Cobra Jararacuçu morre engasgada com gambá; VÍDEO

Fonte: CenarioMT

Considerada no reino das serpentes como ‘majestade’, a Jararacuçu (Bothrops jararacússu) é a segunda cobra mais peçonhento, ou seja, venenosa do Brasil.
Jararacuçu, a majestade no reino das serpentes. Foto: © Instituto Vital Brazil

Uma enorme cobra jararacuçu (Bothrops jararacussu) foi encontrada morta, depois de tentar engolir um gambá e ficar engasgada.

O caso da cobra jararacuçu aconteceu na praia de São Sebastião, em São Paulo (SP) e o vídeo foi enviado para o Biólogo Henrique – O Biólogo das Cobras – por Renaldo Gomes.

A cobra jararacuçu é uma víbora venenosa da família dos viperídeos de até 2 metros de comprimento e coloração dorsal variável entre cinza, rosa, amarelo, marrom ou preto, com manchas triangulares marrom-escuras.

É encontrada na Bolívia, Brasil (Bahia e Mato Grosso até o Rio Grande do Sul), Paraguai e Argentina.

O Biólogo Henrique explica sobre o que viu no vídeo; ASSISTA:

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JARARACUÇU E SEU VENENO QUE PODE SALVAR

Pesquisadores de universidades paulistas identificaram uma proteína presente no veneno da cobra jararacuçu que pode ajudar no tratamento da covid-19. O peptídeo identificado, ou seja, uma parte da proteína, inibiu 75% da capacidade do vírus de se replicar em células de macaco. O estudo da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Araraquara (SP), foi publicado na revista científica Molecules, em 12 de agosto de 2021.
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O professor do Instituto de Química Eduardo Maffud, um dos responsáveis pelo estudo, explica que o grupo de pesquisa já havia identificado toxinas no veneno da jararacuçu que tinham atividade antibacteriana. “Com o avanço da covid, a gente posicionou vários dos nossos peptídeos para ver se eles apresentavam atividade contra o SARS-CoV-2. Felizmente a gente obteve esse resultado interessante”, disse o pesquisador.

De acordo com o pesquisador, um possível remédio com o composto descoberto, ao desacelerar a replicação do vírus da covid-19, daria mais tempo para o organismo agir e criar os anticorpos necessários para resistir à doença. “Isso ainda está em andamento, precisaria de estudos adicionais, mas a gente viu que esse peptídeo impede a replicação ou a multiplicação das partículas virais”, acrescenta Maffud.

Os pesquisadores vão avaliar também a eficiência de diferentes dosagens da molécula, e se ela pode exercer funções de proteção na célula, o que poderia evitar, inclusive, a invasão do vírus no organismo.

Considerada no reino das serpentes como ‘majestade’, a Jararacuçu (Bothrops jararacússu) é a segunda cobra mais peçonhento, ou seja, venenosa do Brasil.
Jararacuçu, a majestade no reino das serpentes. Foto: © Instituto Vital Brazil

Segundo Maffud, os estudos vão seguir com a identificação de outros alvos em que esse peptídeo pode agir e no melhoramento da atividade dessa molécula para, então, serem feitos testes in vivo em cobaias, como camundongos. “Se o resultado for positivo, vamos desenvolver um tratamento.”

Além de cientistas da Unesp, o trabalho envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Foi um trabalho multidisciplinar, mostrando que a união dos grupos de pesquisa no Brasil pode apresentar resultados muito interessantes”, destacou o professor da Unesp.

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.