Cobra coral passa por cima de banhista; ASSISTA

Fonte: CenarioMT

As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição
Coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus) é cobra peçonhenta que ocorre no Brasil — Foto: Renato Gaiga

Uma cobra coral-verdadeira pregou maior susto em uma banhista ao passar por cima de seu corpo, enquanto estava em uma cachoeira.

A filmagem foi feita no dia 28 de dezembro de 2022 em Eldorado, no estado de São Paulo.

No vídeo, vídeo é possível ver o exato momento em que a cobra passa pela jovem, enquanto ela relaxa nas águas da cachoeira.

De acordo com o Biólogo Henrique Abrahão – O Biólogo das Cobras – realmente é uma coral-verdadeira, sendo uma das mais peçonhentas do Brasil.

Por outro lado, de acordo com o especialista, é uma cobra dócil e só morde em casos extremos onde se sente ameaçada ou quando é ferida.

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COBRA CORAL

Cobra-coral é uma denominação comum a várias serpentes da família Elapidae, da tribo Calliophinique podem ser subdivididas em dois grupos: corais do Velho Mundo e corais do Novo Mundo.

Existem 16 espécies de corais do Velho Mundo, pertencentes aos gêneros CalliophisHemibungarus e Sinomicrurus, e mais de 65 espécies de corais do Novo Mundo, incluídas nos gêneros LeptomicrurusMicruroides, e Micrurus.

Estudos genéticos indicam que as linhagens mais basais de corais se encontram na Ásia, indicando que elas se originaram no Velho Mundo. No Brasil, podem ser conhecidas pelos nomes cobra-coral-venenosacoral-venenosacoral-verdadeiraibibobocaibiboca e ibioca.

As cobras-corais não dão “bote” e apresentam hábitos fossoriais, vivendo em sua maior parte escondidas embaixo de troncos e folhagem. A dentição é do tipo proteróglifa, característica que certamente as diferem das falsas-corais, que apresentam dentição opistóglifa ou áglifa.

Existe um antigo ditado para distinguir corais-verdadeiras de corais-falsas: Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto ligado, pode ficar sossegado. O ditado está incorreto, dado que não existe um padrão de coloração exclusivo das corais-verdadeiras e muitas falsas-corais conseguem mimetizar perfeitamente um coral. A única forma de diferenciar os dois tipos de cobras é pela dentição.

Apresentam uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar “grudada” para inocular a peçonha pelas pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja.

A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta ao óbito em poucas horas. O tratamento é feito com o soro antielapídico.

As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levantam a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento, a fêmea põe de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após 90 dias aproximadamente. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.

As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição
As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Reprodução/Rei das Serpentes.

Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc.

A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc., sendo o soro a melhor opção. ( Fonte: Wikipédia)

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.