Um vídeo viral sobre cobras-corais chamou a atenção nas redes sociais ao apresentar as peculiaridades dessa serpente tão temida e fascinante. Mas será que tudo o que foi dito está correto?
Para esclarecer as dúvidas, o biólogo e especialista em serpentes Henrique Abrahão explicou a diferença entre as cobras-corais verdadeiras e as falsas, ajudando a desvendar esse mistério da natureza.
Cobra-coral: como saber se é venenosa ou não? Especialista responde
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O brilho das cores e o perigo do veneno
As cobras-corais verdadeiras pertencem à família Elapidae, a mesma das cobras-naja e mambas. Seu veneno é extremamente potente, afetando o sistema nervoso da presa. No Brasil, são mais de 60 espécies de cobras-corais verdadeiras, sendo a Micrurus spp. a mais conhecida. No entanto, são serpentes discretas e raramente atacam humanos, pois evitam o confronto e preferem se esconder sob folhas ou tocas.
A famosa regra das cores funciona?
Muita gente acredita que a sequência de cores das cobras-corais pode ajudar a diferenciar as venenosas das inofensivas, mas essa regra nem sempre é confiável. A distinção entre corais verdadeiras e falsas pode ser muito difícil, pois algumas espécies não venenosas imitam o padrão de cores para enganar predadores. Por isso, o biólogo Henrique Abrahão alerta: “Se encontrar uma cobra-coral, o melhor a fazer é manter distância e não tentar identificá-la sozinho.”

A importância da cobra-coral na natureza
Mesmo sendo temida, a cobra-coral desempenha um papel fundamental no equilíbrio ambiental, ajudando a controlar populações de pequenos répteis e anfíbios. Além disso, seu veneno tem sido estudado para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Se você encontrar uma cobra com cores vibrantes, não tente manuseá-la! O ideal é acionar um especialista ou órgão ambiental para a remoção segura do animal.