Um grupo de voluntários formado por empresários do agronegócio prepara refeições para distribuir à população carente e às pessoas que perderam o emprego durante a pandemia, em Cuiabá e Rondonópolis, a 218 km da capital. Todos os sábados são distribuídas cerca de 600 marmitas em três comunidades da capital e outras 500 refeições em Rondonópolis.
Parte da equipe é especialista em churrasco na brasa, e, enquanto trabalha nas churrasqueiras, o restante do grupo se empenha na cozinha, onde são preparados os demais alimentos para montar as marmitas.
A dedicação e o carinho são traduzidos pelo nome do projeto que se chama ‘Amarmita’, que significa ‘amor ao próximo em forma de marmitas’.
“Essas marmitas para pessoas em situação de fome. Fizemos uma pesquisa antes em bairro onde tinham pessoas que realmente sentiam fome. Essa campanha vai existir enquanto tivermos doações e pessoas ajudando na preparação”, explicou a coordenadora da campanha, Aline Peloso.
A vontade de ajudar a quem precisa mobiliza pessoas de todas as idades, e a juventude conectada nas redes sociais percebeu que este é um meio eficiente para organizar as campanhas de doações.
O Guilherme Rabel é o criador das postagens nas redes sociais que chamam os que podem ajudar de alguma forma.
“É muito bom saber que o que você faz, em 10 minutos, consegue alcançar e ajudar muitas pessoas. Também é gratificante ver as doações chegando por causa de uma publicação que você fez nas redes sociais”, pontuou.
A estudante Giovana Casalenuovo faz a convocação dos voluntários, recebe e organiza as doações.
“Organizo as datas, os horários, os locais de cada ação. Antes das ações, a gente se reúne para montar os kits de higiene, de alimentos”, contou.
A ideia de reunir a família e os amigos nesta mobilização solidária, partiu da filha da Giovana Fortunato, a Maria Júlia, que começou com o projeto em Cuiabá e hoje faz o mesmo em São Paulo, onde mora.
Na capital paulista, ela reuniu os colegas do curso de medicina para ajudar na campanha. A equipe distribui alimentos e brinquedos aos moradores de rua e para comunidades pobres. A mãe ajuda na organização e a avó participa costurando roupas para serem doadas
“Isso é extremamente gratificante para nós como pais e apoiadores. É uma população jovem com engajamento em um projeto social, de ajuda ao próximo, de gratidão”, disse.