Anelise Dolores, esposa do ex-deputado e presidente da Fapemat Adriano Silva – que morreu na semana passada em decorrência do novo coronavírus – decidiu vir a Cuiabá passar por mais exames e ficar internada até que o diagnóstico seja divulgado.
A internação ocorre, segundo nota da família, para evitar, caso ela esteja com vírus, uma evolução rápida como ocorreu com o marido.
No comunicado, a família ainda solicita que “às pessoas que tiveram contato com ele nas duas últimas semanas que façam o teste para covid-19 também e mantenham todos os cuidados médicos, se necessário, além das medidas preventivas e de isolamento social anunciadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”.
Adriano tinha 49 anos. Ele foi internado no Hospital São Luiz, em Cárceres (225 km da Capital), e acabou transferido às pressas para Cuiabá.
O primeiro exame deu negativo para covid-19 mas, neste domingo (07), saiu o resultado da contraprova, feito pelo Laboratório Central do Estado, confirmando a infecção.
O corpo de Adriano Silva foi sepultado em Cáceres. O traslado para outra cidade é proibido em casos positivos ou suspeitos de coronavírus, devido ao risco de propagação do vírus. Mas, como havia um resultado negativo, a família conseguiu realizar o sepultamento na cidade onde Adriano vivia.
História
Adriano Silva já foi deputado estadual e reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Doutor em educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Adriano Silva foi professor de Direto por 22 anos na Unemat. Nas últimas eleições concorreu para deputado federal e, apesar dos mais de 40 mil votos, ficou como suplente.
Adriano Aparecido Silva assumiu, pela última vez, a vaga de deputado estadual em julho de 2016 quando o então deputado Oscar Bezerra (PSB) encaminhou requerimento de licença do cargo por 121 dias para tratamento de saúde, com necessidade de repouso, segundo orientação médica. Adriano direcionou sua atuação política no Parlamento para a educação. Ele tinha assumido, por três meses, a vaga do deputado Eduardo Botelho, atual presidente da Assembleia Legislativa.
Adriano defendia que a região de Cáceres estava esquecida politicamente. Ele ficou até 2017 na vaga de deputado.