O trabalho de orientação ressalta a importância de eliminar criadouros do Aedes aegypti e outros animais peçonhentos
Aprender na prática sempre é muito melhor, não? Pois foi isso mesmo que 20 turmas da Escola Municipal Francisco Donizeti de Lima fizeram após o recesso escolar. Eles aproveitaram as orientações da equipe da Vigilância em Saúde Ambiental para dar aquela “espiadinha” no microscópio e ver de bem pertinho as larvas do Aedes aegypti. A ação foi na última sexta-feira, 21 de julho, e levou informações sobre a necessidade de eliminar criadouros do Aedes aegypti.
De acordo com um relatório da equipe de Vigilância em Saúde Ambiental, de 1.º de janeiro até o momento, foram 200 registros de dengue – 39 em janeiro; 14 em fevereiro; 16 em março; 65 em abril; 39 em maio; 25 em junho e dois já confirmados em julho. Também foram registrados dois casos de Zika – um em março e outro em abril e quatro de Chikungunya – dois em fevereiro; um em março e um em abril.
O número geral está abaixo do registrado em 2022 quando de janeiro a julho foram confirmados 2.196 casos. Durante todo o ano de 2022 foram 2.296 confirmações – as outras 100 situações se deram entre agosto e dezembro do ano passado. No período – 1.º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022; o Município confirmou um caso de Zika e não houve registros de Chikungunya.
“No geral, os números em relação à dengue estão bem menores, o que tem nos animado; e para manter em baixa estamos intensificando as ações de orientação e conscientização nas escolas, pois as crianças aprendem, passam e cobram essa postura de cuidado em casa”, frisa a coordenadora do departamento, Claudete Damasceno.
Claudete conta que as crianças se espantam com a facilidade e rapidez de adaptação e reprodução do mosquito. “Após a eclosão do ovo, o mosquito leva apenas 10 dias para se desenvolver, um período muito rápido, muito curto”, diz.
Aí que entra a necessidade e importância de dar aquela geral no quintal pelo menos uma vez por semana; uma ação simples que elimina criadouros e evita a proliferação.
Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido. “As crianças levam essa mensagem para casa, debatem com os pais e aumenta o entendimento da necessidade do cuidar das nossas atitudes”, destaca Claudete.
E o Luiz Eduardo Marcolino, o Guilherme da Silva e o Davi Teixeira, garantem que todo mundo na escola entendeu bem o recado. Os três “nem piscam” para afirmar que é preciso acabar com o mosquito da dengue, evitar a água parada e eliminar tudo o que possa contribuir com a proliferação do Aedes. “É o jeito mais seguro para não ficar doente”, garantem.
Hoje, 44 agentes de combate a endemias atuam diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.
Para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos, em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins (folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada). “O que não pode é deixar de cuidar”, completa Claudete.