Veja quais são as duas empresas que irão gerir quatro aeroportos de Mato Grosso

Fonte: Wesley Santiago-OD

5 Marechal Rondon ainda é considerado um dos piores do Brasil Foto Internet

O Consórcio Aeroeste, formado pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) e a Sociedade Civil Campineira (Socicam), foi o vencedor do leilão de quatro aeroportos de Mato Grosso (Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop). Ao todo, a outorga paga será de R$ 40 milhões. As empresas tem experiência em administração de terminais rodoviários e também aeroportuários.

A Sinart se apresenta como prestadora de serviços de terminais de passageiros, estacionamentos públicos e privados. No segmento de hotelaria, são três hotéis de médio e grande porte, através da Rede Portal Hotéis, e no setor de estacionamentos ela atua através das empresas BahiaPark e AmazonPark , em todo o território nacional.

Além disto, a Sinart foi uma das primeiras empresas privadas a administrar aeroportos no país e a única do Norte/Nordeste. Ela opera o Aeroporto Internacional de Porto Seguro, o quarto maior do Nordeste, em movimento, incluindo as capitais e o maior do interior do Estado.

A Sinart investiu na modernização e ampliação do aeroporto de Porto Seguro (BA), sendo que em 2008 fez a maior intervenção ocorrida no terminal, de aproximadamente R$ 8 milhões. O aeroporto de Juiz de Fora (MG) também é outro administrado pela empresa desde 2007.

A Socicam trabalha na gestão de terminais de passageiros rodoviários e urbanos, tendo presença relevante em aeroportos, portos, centrais de atendimento ao cidadão e centros comerciais.

Segundo a empresa, é responsabilidade deles “implementar e operar Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), Seção Contra Incêndio (SCI) e Canal de Inspeção para Proteção da Aviação Civil. A prestação dos serviços em terra (Ground Handling Services) conta com profissionais treinados e altamente capacitados para a função”.

Neste momento, são administrados pela empresa os seguintes aeroportos: Aeroporto de Jericoacoara (desde agosto de 2017); Aeroporto Regional de Aracati (agosto de 2017); Aeroporto de Vitória da Conquista (fevereiro de 2008); aeroporto Ilha de Comandatuba (julho de 2016)e Aeroporto de Ilhéus S/A (novembro de 2018).

Também fazem parte da administração: Aeroporto Internacional de Goiânia (fevereiro de 2016); Aeroporto de Caldas Novas (novembro de 2015); Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco (dezembro de 2014); Aeroporto Regional do Vale do Aço (janeiro de 2012) e Aeroporto Prefeito Octávio de Almeida Neves (novembro de 2011).

Ao todo, a empresa está presente no Ceará, Bahia, Minas Gerais e Goiás.

Empresa da Lava Jato

A empresa Construcap, que é investigada na ‘Operação Lava Jato’, foi uma das que apresentou proposta pelos quatro aeroportos de Mato Grosso, junto com a Agunsa, empresa chilena que também tem experiência na administração de terminais aeroviários.

Em 2016, um dos donos da Construcap, Roberto Capobianco, foi preso durante operação da Lava Jato. Em 2018, Capobianco foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 12 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O consórcio formado por elas ficou muito próximo de conseguir a vitória no leilão. Porém, a proposta de R$ 31,5 milhões foi superada, nos últimos segundos, pelo Consórcio Aeroeste, que ofereceu R$ 40 milhões.

Leilão

O leilão do bloco Centro-Oeste, que integra os aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop, realizado na manhã desta sexta-feira (15), na B3, em São Paulo (SP), terminou com o Consórcio Aeroeste como vencedor. Ao todo, o valor de outorga oferecido foi de R$ 40 milhões. A projeção de investimentos nos terminais mato-grossense é de pelo menos R$ 770 milhões.

Ao todo, foram duas propostas recebidas pelo bloco Centro-Oeste. A primeira foi do Consórcio Aeroeste, no valor de R$ 20,300 milhões (ágio de 2.355,99%). A outra foi feita pelo Consórcio Construcap-Agunsa, com contribuição inicial de R$ 9,902 milhões e ágio de 1.000%.

Depois disto, teve início a chamada ‘etapa de viva voz’, onde foram convocadas as duas melhores propostas (geralmente são três, mas no caso do bloco Centro-Oeste foram apenas duas apresentadas).

Na ‘etapa viva voz’, onde as propostas são feitas pessoalmente, o Consórcio Construcap-Agunsa, que havia oferecido a proposta inicial de R$ 9,9 milhões, subiu o montante para R$ 21 milhões. Porém, o Consórcio Aeroeste subiu a outorga para R$ 31 milhões.

O Consórcio Construcap-Agunsa subiu ainda mais a proposta pelos quatro aeroportos de Mato Grosso e ofereceu R$ 31,5 milhões (3.711,01% de ágio). Faltando dez segundos para o término, a Consórcio Aeroeste jogou todas as cartas e ofereceu R$ 40 milhões, saindo como vencedor.

Segundo a superintendente aeroportuária da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Maksaila Moura Campos, a empresa ou o investidor que arrematar os aeroportos mato-grossenses ficará responsável pela administração, ampliação, melhorias e demais investimentos nos terminais.

A superintendente acrescenta que o fato de os aeroportos regionais estarem em área com economia voltada à produção agrícola é sim um chamariz e tem despertado interesse das operadoras pelo volume de pessoas que circulam nessa região. Para se ter uma ideia, o Marechal Rondon, na região metropolitana de Cuiabá, sozinho registrou um fluxo de 3 milhões de embarques e desembarques em 2018.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!