A rendição do segurança particular que permaneceu armado e isolado dentro da 5ª Ciretran de Várzea Grande encerrou uma manhã de tensão no órgão. Após aproximadamente quatro horas de negociação, ele deixou o cômodo onde estava trancado e entregou a arma aos policiais do Bope, que assumiram a condução da ocorrência.
O episódio começou ainda cedo, quando o trabalhador chegou para o expediente e, segundo as equipes, entrou em surto. Armado, ele se trancou em uma sala e chegou a efetuar disparos, situação que mobilizou rapidamente forças de segurança de Mato Grosso e levou ao isolamento de toda a unidade.
Conforme informações repassadas pelo comandante do Bope, tenente-coronel Hugo, a dinâmica se desenrolou de forma tensa, porém controlada. Ele relatou que o segurança realizou três disparos no início da manhã, mas depois interrompeu a ação, permanecendo sozinho na sala durante a negociação. Foi somente já no início da tarde que o trabalhador empurrou a arma em direção aos policiais e permitiu a aproximação da equipe.
Após ser contido, o homem passou por atendimento de profissionais do Samu. A equipe médica avaliou seu estado emocional, considerado instável desde o início da semana, quando surgiram sinais de depressão. Somente após essa triagem ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde receberá acompanhamento adequado.
Durante a entrevista no local, o tenente-coronel Hugo ressaltou que ninguém ficou ferido, incluindo o próprio segurança. A ação coordenada entre os policiais especializados e as equipes de atendimento pré-hospitalar permitiu que a ocorrência terminasse sem consequências maiores. “Ele decidiu se entregar. Saiu do quarto, entregou a arma e passou pelo atendimento necessário”, afirmou o comandante.
O comandante regional do 2º Comando Regional, coronel Nogueira, reforçou que o desfecho foi considerado positivo pelas forças de segurança. Para ele, o trabalho conjunto e a paciência no processo de negociação foram determinantes para evitar uma tragédia. “Ele está bem. As equipes obtiveram êxito na rendição. Foi uma ação conjunta de todas as forças”, avaliou.
Desdobramentos e próximos passos
Com a situação estabilizada, a prioridade agora recai sobre o acompanhamento médico e psicológico do trabalhador, que segue sob cuidados no hospital. As autoridades devem elaborar um relatório completo do atendimento, destacando o protocolo adotado pelo Bope em ocorrências envolvendo risco à vida. Casos desse tipo costumam seguir análise interna para aprimorar procedimentos e fortalecer a integração entre as forças de segurança.
As informações foram divulgadas pelas equipes que atenderam a ocorrência.


















