O policial penal José Arlindo da Cunha, de 55 anos, foi morto na noite de sábado (22) no bairro Itororó, em Várzea Grande, depois de ser perseguido e atacado por um grupo de pessoas. Um dos suspeitos do crime, Rivaldo Caetano da Silva, 36, também não resistiu e morreu pouco depois. As informações constam no boletim registrado pela Polícia Militar.
As equipes foram acionadas por volta das 23h30, após a denúncia de que duas pessoas estavam caídas na rua. Quando os policiais chegaram, a Força Tática de Cuiabá já havia confirmado a morte do servidor. A ocorrência mobilizou diversas unidades da PM e da Força Tática na região metropolitana de Mato Grosso.
Conforme o documento policial, José Arlindo tinha acabado de sair de uma festa no bairro São Mateus, onde se envolveu em uma discussão. Ao deixar o local, foi seguido por outros veículos e acabou alcançado já no bairro Itororó. Os envolvidos desceram dos carros, o agrediram, tomaram sua arma funcional e efetuaram disparos contra ele. A PM destacou que, quando as equipes chegaram, a arma do servidor não estava no local.
Durante o atendimento, o Ciosp informou que um homem ferido havia dado entrada no Pronto-Socorro de Várzea Grande. O paciente, identificado como Rivaldo, chegou sem vida, levado por uma testemunha que fugiu logo após deixá-lo na unidade. Esse detalhe chamou atenção dos militares, que passaram a procurar o homem que fez o socorro.
Minutos depois, equipes da Rotam localizaram essa testemunha em uma rua do mesmo bairro, na borracharia onde trabalha. Ele estava junto ao veículo Gol utilizado para levar Rivaldo ao hospital. Segundo o relato, conhecidos o chamaram dizendo que um “criminoso” havia sido baleado por ali e precisava de ajuda. Ao chegar, encontrou tanto o policial quanto Rivaldo caídos no chão, mas decidiu socorrer apenas Rivaldo.
Investigação e apreensões
A Polícia Civil recolheu quatro celulares que estavam dentro do Gol usado no transporte até o hospital. Os aparelhos foram encaminhados para perícia, que deve auxiliar na reconstrução dos últimos passos dos envolvidos e na identificação de quem participou do ataque.
O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A unidade trabalha para esclarecer se Rivaldo participou diretamente da perseguição e das agressões, além de buscar os demais envolvidos. A investigação também deve apurar o percurso entre os bairros São Mateus e Itororó, bem como a motivação do grupo ao seguir e atacar o policial penal.
Segundo a Polícia Civil, novos depoimentos e análise de dados dos celulares apreendidos serão fundamentais para definir o rumo da investigação. A corporação reforça que qualquer informação que possa contribuir com o caso pode ser repassada de forma anônima. As informações são do boletim da Polícia Militar.























