Em Mato Grosso, dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que o perfil dos pacientes que tiveram o diagnóstico confirmado de monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos, consiste em sua maioria de homens.
Dos casos positivos, 91,11% são pessoas do sexo masculino e 8,89% do gênero feminino. A média de idade é de 28,69 anos.
Até quinta-feira (15) pela manhã, o Estado contabilizava 133 notificações da doença, o que representa uma taxa de incidência de 1,32 casos por 100 mil habitantes.
Já são 46 casos confirmados e 36 em investigação.
Com isso, a perspectiva é de que o número de casos positivos continue a crescer, nos próximos dias, à medida que os resultados dos exames laboratoriais sejam concluídos e enviados ao órgão estadual.
A maioria dos casos apresenta sintomas leves.
As erupções cutâneas estão em 95,65% das manifestações relatadas pelos pacientes com resultado positivo para a doença, além de febre de início súbito (76,09%), cefaleia (50%), dor muscular (39,13%), suor e calafrios (32,61%), entre outros.
Os pacientes positivos relatam ainda que as lesões atingem diferentes partes do corpo, como os membros superiores (50%) e inferiores (42,86%), tronco (45,24%), região genital (50%), anal (23,81%), entre outros, como face e planta dos pés.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de três a 16 dias, podendo chegar a 21 dias.
Já 58,70% se autodeclaram como pardos, 32,61% como brancos, 6,52% pretos e os demais não informaram.
Quanto a escolaridade, 24,06% têm curso superior completo, 17,29% o ensino médio completo e demais entre não informado e os ensinos médios e fundamental.
No Estado, o primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado em 5 de agosto passado.
Dentre os municípios, a maioria dos infectados reside em Cuiabá (29) e os demais em Várzea Grande (5), Campo Novo do Parecis (3), Tangará da Serra (3), Barra do Garças (2), Nova Xavantina (1), Araputanga (1), Rondonópolis (1) e Sorriso (1). No país, são mais de 6,4 mil casos positivos.
No início deste mês, o Ministério da Saúde incluiu a doença na lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o Brasil.
Com isso, todos os resultados de testes diagnósticos para detecção da varíola dos macacos feitos por laboratórios das redes pública, privada, universitários e quaisquer outros em todo o país, precisam ser informados ao órgão federal de forma imediata, em até 24 horas.
As autoridades públicas da área da saúde alertam ainda que é importante ficar atento aos principais sintomas da varíola dos macacos. Ao sentir algum deles, procure a unidade de saúde mais próxima para diagnóstico e orientações.