Apesar de autorizadas, as unidades de ensino da rede privada de Sorriso optaram por manter temporariamente suspensas as atividades presenciais como medida preventiva à transmissão da Covid-19. Alguns gestores apontaram que temem maior contágio da doença, apesar dos planos de contingência.
Em entrevista, a diretora de uma escola particular de Sorriso, Elaine Mondadori, informou que estava previsto para hoje o retorno de escolas de pequeno porte e da educação infantil, e no dia 18 seriam as escolas de médio porte.
“Porém, esse projeto era de quando não tinham casos de coronavírus em nossa cidade. Nós, enquanto gestores, também estamos inseguros e temerosos pelas nossas vidas, dos nossos alunos, professores, familiares, e isso fez com que recuássemos. Estamos cientes dos nossos atos e precisamos estar seguros para voltarmos. Diante desse contexto, estamos perdendo como todos os outros nessa crise mundial”.
Elaine frisa que as escolas da rede particular mantêm as aulas online para que os alunos não sejam prejudicados. “Mantemos as atividades remotas para que a criança, que já está privada em sua casa sem uma educação de qualidade, tenha acesso às informações e à educação. Estamos temerosos quanto ao retorno, mas dentro de um planejamento garantiremos o encerramento do ano letivo até 20 de dezembro”, prevê.
Desconto
A Assembleia Legislativa aprovou, na última sexta-feira (8), o projeto de lei 270/2020 que determina às unidades escolares a concederem desconto mínimo de 5% no valor da mensalidade enquanto perdurar o período de isolamento social/pandemia de Covid-19, quando as escolas e faculdades particulares encontram-se sem aulas presenciais.
Agora, cabe ao governador Mauro Mendes sancionar ou não a lei. Segundo a autora do projeto, Janaina Riva, o PL foi construído em consenso com as instituições privadas, levando em consideração a situação de todas as escolas.