A universitária Hya Girotto, de 21 anos, atropelada na frente de uma boate na região central de Cuiabá, em dezembro do ano passado, deve ser ouvida pela polícia sobre o acidente. Hya é a única sobrevivente do acidente que matou outros dois jovens, em dezembro do ano passado.
A jovem foi internada em coma, passou por quatro cirurgias e deixou recentemente a unidade hospitalar.
Também foram atropelados a estudante Myllena Lacerda Inocêncio, de 22 anos, que morreu no local, e o cantor Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, que morreu após ficar uma semana internado.
Segundo o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, a jovem poderá ser responsabilizada pela morte dos companheiros. Ele explicou que o comportamento dos três jovens, que estavam no meio da avenida, podem ter criado circunstâncias que facilitaram o acidente.
“Podemos ver o comportamento deles sobre a faixa de rolamento, talvez isso possa ter criado circunstâncias ou facilitado para que houvesse o homícidio”, afirmou.
O interrogatório de Hya já foi solicitado a justiça, mas não tem data marcada.
O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que deve trazer informações sobre a visibilidade da motorista e a velocidade em que ela estava dirigindo deverá ser informado em até 30 dias.
A motorista responde em liberdade. À época do acidente, ela passou por audiência de custódia e pagou fiança de R$ 9,5 mil. Posteriormente, o valor foi aumentado para R$ 28,5 mil.
Ao ser detida, a jovem se recusou a realizar o teste do bafômetro e exame de sangue. De acordo com a polícia, ela apresentava sinais visíveis de embriaguez.
A motorista, que é professora substituta na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foi autuada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) qualificado pela embriaguez e lesão de trânsito qualificada por embriaguez por duas vezes.