Após 41 dias de paralisação, os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) voltam às aulas nesta segunda-feira (8). A decisão pelo fim da greve foi tomada pelos professores em assembleia geral no dia 1º de junho.
O primeiro semestre letivo, que deveria ter sido finalizado em junho, será retomado e cumprirá os 100 dias letivos previstos. O calendário acadêmico será reorganizado para recuperar as aulas perdidas durante a greve. Propostas de datas para a reposição das aulas estão sendo elaboradas em conjunto com professores, alunos e coordenadores. O novo calendário será apresentado ao Conselho Superior de Ensino (Consepe) para análise e decisão final no final de julho.
A greve dos professores da UFMT teve início no dia 18 de maio e se juntou à paralisação dos servidores técnico-administrativos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que teve início no dia 8 de abril. As principais reivindicações da categoria docente incluíam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Em contrapartida, o Governo Federal apresentou uma proposta que inclui reajustes salariais, reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), piso de referência, incentivo à qualificação, plano de capacitação, racionalização de cargos e reposicionamento de aposentados.
Ainda não há informações precisas sobre como os 41 dias de aulas perdidas serão recuperados. A expectativa é que a reposição seja feita de forma a minimizar o impacto no aprendizado dos alunos. As medidas para a reposição das aulas serão definidas em conjunto com a comunidade acadêmica e serão comunicadas em breve.