Tribunal de Justiça de Mato Grosso: ReciclaJud arrecada quase 10 toneladas de recicláveis

Todo o material arrecadado será destinado à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Mato Grosso (Asmats)

Fonte: CENÁRIOMT

Tribunal de Justiça de Mato Grosso

Quase dez toneladas de materiais recicláveis coletados em trinta dias. Este é o saldo da Competição do Bem, promovida pelo projeto ReciclaJud – edição sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O anúncio dos vencedores ocorreu na tarde desta sexta-feira (12). Somando a arrecadação do ambiente interno com os materiais resultantes da competição, o Poder Judiciário alcançou o quantitativo de quase 23 toneladas destinadas à reciclagem. Números expressivos, que podem ser traduzidos na preservação de 250 árvores.

O volume arrecadado foi mensurado de forma per capita, considerando a contribuição individual de cada servidor, o que permitiu dimensionar com mais precisão o engajamento coletivo e o impacto direto da participação de todos na iniciativa. A primeira colocação ficou com a Ouvidoria do Poder Judiciário, que registrou arrecadação de 27,19 quilos per capita.

Segundo a diretora do Departamento da Ouvidoria do TJMT, Larissa Shimoya, “na Ouvidoria, a reciclagem já é uma prática incorporada à rotina desde 2019, o que fez com que o processo ocorresse de forma natural, como parte de uma cultura já consolidada. Ainda assim, houve empenho coletivo: todos se envolveram, colaboraram entre si e contribuíram para o resultado alcançado”.

O segundo lugar ficou com a Coordenadoria Judiciária, com 17,3 quilos per capita, seguida pela Coordenadoria Administrativa, que alcançou a terceira colocação com 16,13 quilos per capita.

Na categoria Gabinetes, o primeiro lugar foi conquistado pelo gabinete do desembargador Rodrigo Roberto Curvo, coordenador do Núcleo de Sustentabilidade, com 84,94 quilos per capita.

O chefe de gabinete, Sérgio Savioli Rezende, destacou que a mobilização teve início ainda nos primeiros treinamentos de sustentabilidade.

“Desde o lançamento do desafio sustentável, recebemos a equipe, explicamos a proposta e iniciamos uma grande mobilização interna. Hoje, contamos com mobiliário próprio para a separação de papel, plástico e metal. O que começou como uma disputa se transformou em hábito. Mesmo após o encerramento da competição, a equipe continuou trazendo e separando materiais recicláveis. Se já levamos o troféu desta vez, já estamos nos preparando para a próxima”, brincou.

O segundo lugar ficou com o gabinete da desembargadora Clarice Claudino da Silva, com 47,76 quilos per capita, e o terceiro com o gabinete da desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, com 33,58 quilos per capita.

Durante a solenidade de premiação, a desembargadora Helena agradeceu o esforço coletivo e, em tom descontraído, afirmou que continuaria trazendo de casa materiais para reciclagem.

A diretora-geral do TJMT, Andréa Marcondes Alves Nunes, durante a solenidade, ressaltou o esforço coletivo. “Cada um de vocês contribui, com seu trabalho e dedicação, para fazer do nosso Tribunal de Justiça uma instituição humana, acolhedora e sempre comprometida com a sociedade”.

Já a gestora do Núcleo de Sustentabilidade, Jaqueline Bagão Schoffen, enfatizou que a gestão de resíduos deve ser compreendida como um compromisso permanente. “Separar corretamente os resíduos e estimular práticas sustentáveis não pode ocorrer de forma pontual ou restrita a campanhas isoladas. Essa conduta precisa integrar o propósito diário da instituição”, afirmou.

Segundo ela, com essa perspectiva, a gestão decidiu transformar o ReciclaJud em uma ação institucional contínua, deixando de se limitar a uma única semana no calendário oficial. A proposta é permitir que todas as comarcas e eventos do Judiciário incorporem a iniciativa, ampliando o alcance da pauta ambiental e fortalecendo a cultura da sustentabilidade em diferentes espaços.

“O engajamento dos servidores superou as expectativas. Em apenas 30 dias, a arrecadação de papelão e plástico na sede ultrapassou os números da primeira edição, que reuniu materiais eletrônicos e eletrodomésticos, itens tradicionalmente mais pesados. O resultado reflete a participação coletiva e o impacto social da iniciativa, que contribui diretamente para a melhoria da renda da associação responsável pela coleta dos materiais recicláveis. A mobilização também provocou uma reflexão sobre solidariedade, especialmente neste período de fim de ano”, completou.

Todo o material arrecadado será destinado à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Mato Grosso (Asmats), assegurando que o esforço coletivo se converta em benefício direto às famílias de catadores.

Para a presidente da Asmats, a educadora ambiental Cidinha Nascimento, a destinação adequada de materiais recicláveis é uma das ações mais simples e, ao mesmo tempo, mais transformadoras. Ela reforça que a separação correta dos resíduos contribui não apenas para a preservação ambiental, mas também para o fortalecimento de um ciclo de economia circular que gera oportunidades e movimenta vidas. A iniciativa do Poder Judiciário representa fomento econômico direto para cerca de cem famílias.

Responsabilidade

Além de estimular práticas sustentáveis, a iniciativa contribui para o Índice de Desempenho da Sustentabilidade (IDS), reforçando o compromisso institucional com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente os ODS 11, 12 e 13.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]