Uma carga de aproximadamente 300 quilos de emulsão de dinamite foi detonada pela equipe da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, no final de semana, em Guarantã do Norte (715 km ao norte de Cuiabá).
Os explosivos foram apreendidos pela equipe da Polícia Civil de Guarantã do Norte em um garimpo, na região conhecida como Serrinha, na Linha Santo Antônio, onde ocorreu uma explosão na última sexta-feira (20.08) que causou a morte de duas vítimas e lesões graves em outras três pessoas. Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos, e Mário Lucier Caldeira, de 49 anos, foram a óbito em decorrência da explosão.
Logo após a ocorrência, a Polícia Civil e a Politec realizaram os primeiros levantamentos no local e a perícia nos corpos, identificando e contabilizando as emulsões de dinamite que não foram detonadas e realizando o isolamento do local. O Corpo de Bombeiros fez o rescaldo e controlou os focos de incêndio que ainda restavam.
O delegado regional de Guarantã do Norte, Geraldo Gezzoni, solicitou o apoio da GOE e uma equipe da Divisão Antibombas, especializada em detonação de explosivos, seguiu para o garimpo e na tarde do sábado, após levantamento criterioso do material e procedimentos de segurança para que as equipes policiais pudessem dar continuidade às diligências investigativas no garimpo.
A detonação dos 300 quilos das emulsões de dinamite foi realizada com segurança em uma área na região rural de Guarantã do Norte.
Investigação
O delegado de Guarantã do Norte, Victor Hugo Montenegro, instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da explosão que causou as mortes e as lesões nas vítimas sobreviventes. Duas pessoas estão hospitalizadas em unidades de tratamento intensivo em hospitais da região norte.
O delegado explicou que as diligências estão em andamento e todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos estão sendo apuradas, assim como serão juntados ao inquérito os laudos da Politec e da GOE sobre os explosivos, perícias no local da explosão e exames de necropsia.
Outros dados também serão coletados junto ao Exército, instituição responsável pelo controle de armas e explosivos no País.