O Tribunal de Justiça de Mato Grosso desmentiu, em nota, informações que circulam na internet sobre violência doméstica. No vídeo, que circula principalmente em aplicativos de mensagens instantâneas, um psicólogo afirma que 80% das denúncias de violência doméstica são falsas. Segundo o profissional, essas afirmações teriam partido de magistradas que atuam em Mato Grosso.
Em nota divulgada esta semana, o TJMT informa que o psicólogo não atua em Mato Grosso. Ainda segundo a nota, o conteúdo do vídeo é uma distorção do que disse a magistrada Jaqueline Cherulli, em um congresso no ano de 2015. A afirmação teria relação a denúncias que envolviam alienação parental, no contexto da guarda compartilhada. “A magistrada jamais fez as afirmações atribuídas a ela pelo psicólogo”, destaca a nota.
Outra magistrada citada no vídeo, Gleide Bispo jamais se manifestou sobre os índices de violência doméstica.
Ainda conforme o TJMT, o próprio psicólogo pediu desculpas. Ele foi contatado pela Coordenadoria de Comunicação do Tribunal de Justiça. O profissional disse ainda que retirou o vídeo de sua página na internet e gravou um novo vídeo sobre o assunto.
Por fim, a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Póvoas, ao lado dos demais magistrados do Estado, “reitera seu compromisso de luta contra a violência doméstica e de solidariedade às vítimas”.
Nota do TJMT
Em um vídeo que está circulando por aplicativos de mensagem instantâneas na internet, um psicólogo de outro estado atribui a magistradas de Mato Grosso falsas afirmações no que diz respeito à violência doméstica. No vídeo, o psicólogo diz que as magistradas afirmam que 80% das denúncias de violência doméstica são falsas. Em relação a este fato o Poder Judiciário de Mato Grosso esclarece que:
1- Trata-se de completa distorção do que disse a magistrada Jaqueline Cherulli, em um congresso no ano de 2015, em relação a denúncias que envolviam alienação parental, no contexto da guarda compartilhada. A magistrada jamais fez as afirmações atribuídas a ela pelo psicólogo.
2- Da mesma forma a magistrada Gleide Bispo jamais se manifestou sobre os índices de violência doméstica, conforme mencionado no vídeo.
3- O próprio psicólogo, em contato com a Coordenadoria de Comunicação do Tribunal de Justiça, pediu desculpas e disse que retirou o vídeo de sua página na internet. Ele também gravou um novo vídeo sobre o assunto.
4- O Poder Judiciário de Mato Grosso é pioneiro no país no que se refere à implantação das varas de violência doméstica e de medidas para combater a violência contra a mulher.
5- A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Póvoas, ao lado dos demais magistrados do Estado, reitera seu compromisso de luta contra a violência doméstica e de solidariedade às vítimas.