Antes de seu destino, à Bolívia, o terrorista Cesare Battisti desembarcou no dia 15 de dezembro de um vôo de São Paulo com destino a Sinop, que segundo informações da imprensa italiana, o mesmo provavelmente teria organizando seus últimos detalhes finais para o seu retorno para a Bolívia. Ao conectar seu celular à rede wi-fi do Aeroporto foi o que bastou para que seus rastro fosse monitorado pelas autoridades.
Foi possível sua localização graças a um sistema sofisticado que estava sendo utilizado para localizá-lo, mesmo ele usando o aplicativo skype para se comunicar, o sistema conseguiu sua localização.
No mesmo dia em que o italiano estava em Sinop, o sistema detectou conexão dele em Lucas do Rio Verde e em seguida na cidade de Cáceres, na fronteira.
Segundo publicou o jornal italiano Il Messaggero, um dos mais importantes do País, a localização de Battisti estava sendo rastreada através do aparelho de celular dele e de pessoas próximas que o auxiliavam na fuga.
Battisti foi capturado sábado (12) à noite enquanto caminhava pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi resultado de uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de brasileiros. O italiano foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas durante os anos de 1970. Ele se diz inocente.
Sem resistência
Segundo um vídeo feito no momento da prisão, o italiano usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.
No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo STF.
Agora, o presidente Jair Bolsonaro elogiou a operação feita na Bolívia e conversou por telefone com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro.
Nos últimos dias da gestão de Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.