Tenente-coronel da PM doa rim e salva vida de irmão sargento em Mato Grosso

Fonte: CenárioMT

irmãos castelo no hospital

Os policiais militares José Roberto Castelo (50 anos) e Marcos Cezar Castelo (46) foram protagonistas de exemplo de amor e ligação entre irmãos. José Roberto, que é tenente-coronel, doou um de seus rins para o sargento Marcos Cezar. Os militares foram submetidos à cirurgia de transplante no dia 05 de fevereiro, no Hospital dos Rins, em São Paulo.

Os irmãos atuam em Cuiabá. José Roberto se dedica à corporação há 25 anos e, atualmente, está lotado na Gerência Militar da Assembléia Legislativa. Já Marcos Cezar está na PM há 21 anos e trabalha na sede do Comando Geral.

José Roberto contou que recebeu a notícia de que os rins do irmão haviam paralisado e que ele precisava de transplante, depois que Marcos Cezar passou mal durante atuação em serviço. Para evitar que o sargento fosse submetido ao prolongado tratamento de hemodiálise, a família participou de uma série de exames de compatibilidade, em busca de um possível doador.

Três irmãos e uma cunhada fizeram os exames e o único que obteve resultado de 100% de compatibilidade foi o tenente-coronel, fato considerado raro na doação de rins.

Castelo seguiu à risca todas as recomendações médicas. Uma semana depois do procedimento cirúrgico, o policial foi comunicado pelo médico de que seu gesto também veio acompanhado de muita sorte. No momento da retirada do rim, os médicos identificaram uma anomalia no órgão que seria transplantado.

“Estou muito feliz e aliviado. Foi constatada uma anomalia durante a cirurgia e o rim foi submetido a exame de biopsia, que apontou que se tratava de uma verruga potencialmente maligna. A anomalia foi retirada e cauterizada, o que não comprometeu o funcionamento do rim para o meu irmão.Oo médico disse que ganhei na loteria, porque se não tivesse tratada, essa verruga se tornaria um tumor mais grave”, contou o militar, que já está em Cuiabá.

Sargento Castelo ainda está internado em São Paulo e seguirá por três meses o acompanhamento médico de rotina obrigatório. “Nós somos a prova do amor entre irmãos, somos bem próximos. Estou muito feliz e sou muito grato por tudo que ele fez por mim. Não é uma decisão fácil, mas ele não pensou duas vezes”, disse.

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