Mato Grosso tem a média de 6,9 mortes por grupo de 100 habitantes. Isso significa que a taxa é duas vezes maior que a média do Brasil, cujo coeficiente de mortalidade é de 3,05/100 mil habitantes. Os dados colhidos no período de 2003 a 2019 são da edição especial do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). O estado tem a segunda maior taxa. Em primeiro está Goiás com a média de 11,77/100 hab.
No período de 2016 a 2019 foram notificados 239.634 casos prováveis de Zika. Em 2016, o país passou por uma transmissão importante, especialmente nos municípios de Mato Grosso, Rio de Janeiro e Bahia. Das 23 cidades que apresentaram taxas de incidência maiores ou igual a 2.000 casos/100.000 hab., 11 se localizavam na Bahia e nove em Mato Grosso.
Os resultados contra a proliferação das doenças até o momento são satisfatórios, conforme o Boletim. Porém, existem países ainda endêmicos, com migração constante para o Brasil. Considerando se que já foram relatados casos em imigrantes nos estados do Acre, Mato Grosso e Santa Catarina, é necessário manter uma vigilância sensível para evitar a reintrodução da doença, tendo em vista existirem fatores que favorecem a infecção, como a presença do mosquito transmissor.
Aedes aegypti
Em fevereiro, a capital mato-grossense tinha diminuído a proliferação do mosquito aedes aegypti. Mas voltou a crescer no ranking de aumento de doenças como dengue, zika e chikungunya, em novos dados divulgados pelo Ministério da Saúde em Maio. Em Mato Grosso, 27 municípios foram considerados em um nível de infestação como de risco: Alto Paraguai, Araputanga Aripuanã, Barra do Bugres, Cáceres, Canarana, Cláudia, Cuiabá, Diamantino, Guiratinga, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Marcelândia, Nobres, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Poxoréu, Querência, Rondolândia, Rosário Oeste, Santa Cruz do Xingu, Santo Antônio de Leverger, Sinop, Tabaporã, Tangará da Serra, Tapurah e Várzea Grande.