A Comarca de Tapurah, cidade vizinha a Lucas do Rio Verde, voltou a ser atendida pela Justiça. Desde a última semana, a juíza Patrícia Bedin passou a responder pelo Fórum local.
A magistrada tomou posse no final de julho no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. No mês passado, Patrícia e outros 23 magistrados escolheram as Comarcas em que passariam a atuar.
Em Tapurah desde o dia 27, Patrícia conheceu a estrutura do Fórum local, mas não conseguiu atuar no espaço que está passando por reforma. Os serventuários estão em regime de teletrabalho, para dar sequência aos trabalhos.
“Quando cheguei, na segunda-feira, a internet não estava funcionando no prédio e ela voltou a funcionar (na quinta-feira). Então agora sim, que a gente vai conseguir organizar a casa e conseguir iniciar o trabalho”, disse. Patrícia foi convidada a receber as boas-vindas em evento promovido pela OAB de Lucas do Rio Verde.
Natural do Paraná, Patrícia Bedin não conhecia Mato Grosso e ficou surpresa com a estrutura que Tapurah oferece aos seus cidadãos.
Alívio
A designação da magistrada para atuar na Comarca de Tapurah traz alívio não apenas aos moradores, mas também à classe advocatícia. A presidente da 21ª subsecção da OAB, Danusa Oneda, lembra que a entidade vem atuando para que a Comarca possa ter um juiz titular.
“Há muito nós temos essa bandeira de luta para ter um juiz que permaneça um tempo maior”, assinalou.
Conforme Danusa, a Comarca tem uma movimentação de processos bastante relevante. “Tapurah tem muito desse trânsito de juízes e também ausência. O número de processos é exorbitante, são quase 5 mil processos”.
Por outro lado, é uma Comarca com o fundo arrecadatório bastante impactante para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Então merece atenção. E desde há muito eu faço parte de diretorias (da OAB) desde 2013, nós temos essa cobrança, não só de magistrado, mas de aumento da estrutura física do Fórum”, comentou.