Em meio a polêmica sobre o uso ou não da hidroxicloroquina como medicamento eficaz contra o novo coronavírus, o governador Mauro Mendes (DEM) disse que apenas médicos e especialistas podem afirmar se a droga funciona ou não.
“Sou engenheiro por formação. Estou como governador, e não é minha atribuição fazer receita sobre o que deve ou não ser aplicado ao paciente que esteja internado na rede pública do Estado de Mato Grosso. Então quem vai dizer o tratamento que deve ser dado é o médico”, disse.
A entrevista do governador aconteceu nesta terça-feira (19), na Rádio Jovem Pan, de Cuiabá. Mauro Mendes foi além e disse que essa atribuição de receitar medicamentos é de total responsabilidade de médicos.
“Não é minha atribuição. Isso é responsabilidade do médico que cuida do paciente com coronavírus. Medicamos temos aqui, mas a decisão de aplicá-lo ao paciente, não é decisão minha”, ponderou.
Em abril, o estado recebeu mais de seis mil doses de hidroxicloroquina. Esse medicamento foi distribuído nas unidades de saúde e só será repassado ao paciente caso o médico o receite.
Vale dizer, que em recente entrevista, o secretário de Saúde Gilberto Figueiredo disse que não pede nenhum relatório aos médicos sobre o uso do medicamento, até mesmo para não parecer ser um tipo de pressão que o secretário esteja dando aos profissionais.
Outro relato do uso da cloroquina é que ela não é eficiente em todos os pacientes. Pelo menos dois mato-grossenses, incluindo uma jovem de 23 anos que faleceu em Cáceres e um de 53 que morreu em Rondonópolis, estavam tomando o medicamento e mesmo assim não se salvaram e morreram dias depois da internação.