Neste primeiro semestre de 2022, o trabalho conjunto desenvolvido entre a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil (Semsep), via Guarda Municipal de Trânsito (GM); a Polícia Militar (PM); a Polícia Judiciária Civil (PJC); o Corpo de Bombeiros Militar (BM); e o Detran; com aval do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), resultou em 14 blitze Lei Seca. O número é mais que o dobro do ano passado, quando foram realizadas seis operações desta natureza neste período.
As blitze resultaram em 920 autuações, sendo que, neste total, 355 condutores foram flagrados conduzindo veículos sob efeito de álcool. Deste universo, em 207 condutores, o nível de álcool no organismo alcançava o patamar de crime de trânsito, o que resultou em encaminhamento à Polícia Judiciária Civil (PJC). Mas, e tem diferença a quantidade de álcool no organismo?
Tem sim. Quando o volume é igual ou superior a 0,34 mg de álcool por litro de ar alveolar, é considerado crime. Já quando o índice for igual ou inferior a 0,33 mg/l, configura-se somente infração. Nos dois casos, multa de R$ 2.934,70 e suspensão da carteira nacional de habilitação (CNH) por 12 meses. Reincidência em menos de um ano? Multa um tantinho mais salgada: R$ 5.869,40.
Um aliado no trabalho desenvolvido para inibir a perigosa prática de conduzir veículo depois de ter tomado “uns goles a mais” tem sido o etilômetro passivo, que passou a ser ferramenta de trabalho a partir do início deste ano, visto que a Prefeitura, por meio da Semsep, comprou dois equipamentos no fim do ano passado. Somente nestes primeiros seis meses, os equipamentos foram utilizados 3.174 vezes.
“Como funcionam por aproximação, não é preciso soprá-los para que seja detectada a presença de álcool no organismo”, explica o coordenador da Guarda Municipal de Trânsito (GM), Márcio Pires, acrescentando que, a partir do momento que o equipamento aponta a presença de álcool no organismo, aí o condutor suspeito passa pelo teste no etilômetro com bucal.
Além de identificar condutores que podem ser um risco potencial a si mesmo e a terceiros, as operações em conjunto também resultam na detecção de outras irregularidades. Ao todo, nestas 14 blitze Lei Seca 423 veículos foram removidos, sendo 253 automóveis e 169 motocicletas. Os motivos? Vamos lá: depois das 222 remoções por conta da impossibilidade de os alcoolizados seguirem conduzindo os veículos, vem a falta de licenciamento. Em 17 casos, os condutores não eram habilitados.
“Sem dúvida, as operações Lei Seca são fundamentais para promover um trânsito cada vez mais seguro, pois reforçam a importância de adoção de novos hábitos para evitar acidentes, como pegar uma carona, chamar um táxi, ou motorista de aplicativo, além de contribuírem para a detecção de várias outras irregularidades, e até mesmo, já resultaram na detenção de uma pessoa com mandado de prisão em aberto”, lembra o titular da Semsep, José Carlos Moura.