Do total geral, foram 401 registros em janeiro; 360 em fevereiro; 390 em março; 452 em abril; 374 em maio; 150 em junho; 38 em julho; 29 em agosto; 18 em setembro e um em outubro); 28 deles com sinais de alerta e 4 de dengue grave. Durante todo o ano de 2021, foram 2.074 casos confirmados; 54 com sinais de alerta e 2 de dengue grave.

E é justamente devido ao crescente desses números que a Vigilância em Saúde tem estado em alerta. A coordenadora do setor, Taynná Vacaro, pontua que além da dengue, há a preocupação com a Zika e Chikungunya. Até o momento, houve um registro positivo para Zika em julho e nenhum de Chikungunya. Já em 2021, foram 12 casos de Zika e 1 de Chikungunya.

A coordenadora explica que a dengue com sinais de alarme ocorre quando há sintomas como dor abdominal intensa, vômito constante e necessidade de internação. Já na dengue grave ocorre reação mais drástica do organismo ao vírus, com sintomas como alteração dos batimentos cardíacos, vômitos persistentes e sangramentos, que podem ser nos olhos, gengiva, ouvidos e/ou nariz.

Hoje os bairros com maior número de casos confirmados são o Rota do Sol com 204 registros; a Área Central com 138 e o Distrito de Boa Esperança com 118.

Toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos, alerta a enfermeira. E, entre os principais pontos com larvas, estão as plantas.

“Registramos muitas larvas em vasos de flores”, reforça Taynná. O que leva a equipe a solicitar que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra.

Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

Hoje, 44 agentes de combate a endemias atuam no Departamento de Vigilância, 35 deles diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.

Cuidados no Dia de Finados

Outra preocupação da equipe é com o Dia de Finados (02 de novembro). “É hábito visitar o cemitério e levar flores para entes queridos; nesse dia valem todas as recomendações de sempre: use areia; veja se as floreiras estão acumulando água e, se possível, substitua as flores naturais por artificiais”, frisa Taynná.

Inseticida

Taynná aproveita para detalhar que a Secretaria tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do Município. Porém, há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS.

“O veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”, diz Taynná. Quando há confirmação ou suspeitas de casos de dengue, o inseticida é imediatamente aplicado em todo o quarteirão do local de suspeita ou confirmação.

Além da aplicação de inseticida, o Município instituiu o calendário permanente de coleta de resíduos sólidos para descartes e tem realizado mutirões de limpeza para evitar a proliferação tanto do mosquito como de outros animais peçonhentos.