Coordenadora de Vigilância em Saúde, a enfermeira Taynná Vacaro, pontua que o paciente realizou procedimento indicado para casos suspeitos. “O paciente está bem, mas como existe a possibilidade diante dos sintomas e de ter vindo de uma área com casos confirmados, vamos fazer a coleta de material e seguir monitorando. Vale lembrar que a pessoa fez o procedimento correto para esses casos: assim que percebeu um sintoma procurou imediatamente um serviço de saúde para comunicação e atendimento”, explica.

A enfermidade apresenta entre os principais sintomas febre súbita, forte e intensa, dor de cabeça (cefaleia), náusea, exaustão, cansaço, aparecimento de inchaços na região do pescoço, axilas, e também na região perigenital, além de feridas ou lesões pelo corpo.

Taynná reforça que é preciso estar atento aos sintomas, principalmente quem esteve em viagem para regiões com casos já registrados ou ainda, teve contato com pessoas com lesões de pele ou lesão na área genital. “Caso perceba um desses sintomas e tenha ciência do contato, o indicado é procurar uma unidade de saúde ou a UPA; as equipes estão preparadas para o atendimento”, diz. Segundo a coordenadora, folders sobre como agir e onde buscar informações serão disponibilizados em lugares de grande fluxo como o Aeroporto Regional e a Rodoviária Municipal.

A enfermeira destaca que a contaminação se dá principalmente no contato pele/pele. “Mas além disso, a contaminação também pode ocorrer por meio de secreções ou do compartilhamento de objetos de pessoas contaminadas”, acrescenta. E a melhor forma de prevenção é evitando contato direto com pessoas contaminadas. “Se você tem suspeita ou sabe que aquela pessoa está contaminada, o recomendado é evitar o contato direto pois o período de transmissão da doença se encerra somente quando as crostas das lesões desaparecem”, explica.

Conforme o gestor da Semsas, Sílvio  Stolfo, um plano de contingência foi elaborado pelo Município, o plano inclusive, já foi apresentado aos membros do Conselho Municipal de Saúde. Silvio frisa que qualquer paciente com caso suspeito pode e deve procurar qualquer uma das Unidades Básicas de Saúde ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sara Akemi Ichicava para consulta e acompanhamento. O secretário destaca que a partir da análise clínica dos sintomas, o paciente é encaminhado para testagem, feita no Estado pelo Lacem Mato Grosso e monitoramento dos sintomas e da rede de contatos.

Varíola dos macacos no país

Para monitorar os casos e dar o apoio necessário, o Ministério da Saúde criou a sala de monitoramento em 23 de maio. No dia 07 de junho foi confirmado o primeiro caso no país. O primeiro óbito foi registrado no país no dia 28 de julho.  Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 41 anos de idade, imunossuprimido, com outras comorbidades relevantes e histórico de tratamento quimioterápico.

Até o momento, mais de 19 mil casos foram confirmados em 76 países, onde a doença não é endêmica. Segundo o Ministério da Saúde, até ontem, dia 02 de agosto, 1.369 casos foram registrados no país.

O que é a Monkeypox

A varíola dos macacos foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60, e leva o nome de Monkeypox porque foi identificada pela primeira vez na espécie, dessa forma ficou conhecida no mundo científico como “varíola dos macacos”.