Sim. O Município de Sorriso está classificado como de risco “Moderado” de contaminação por Covid-19. Não. Isso, de maneira alguma, é motivo para extrapolar e deixar de adotar todas as medidas necessárias para frear novas contaminações pelo Sars-Cov-2, o coronavírus que já foi responsável pela contaminação de 16.511 pessoas em Sorriso e pela morte de 209.
O fato de outras 15.815, felizmente, terem sobrevivido à doença não deve servir como senha para que a máscara facial deixe de ser utilizada, o distanciamento deixe de ser mantido e que a higienização das mãos, seja com água e sabão, ou com álcool 70%, fique em segundo plano. Até porque, só para se ter uma ideia, o vírus segue ativo em 487 sorrisenses.
Por mais óbvio que isso pareça, não é o que mostrou o último fim de semana. O trabalho foi intenso no atendimento aos chamados de perturbação de sossego, que, como já faz parte do enredo deste período de pandemia, estão, quase sempre, casadinhas com uma aglomeração.
Ao todo, a Guarda Municipal de Trânsito (GM), que integra a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil (Semsep), registrou 92 chamados. Para atender a estas ocorrências, a GM conta com apoio do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF), que faz parte da Secretaria Municipal de Governo (Semgov), e a Polícia Militar (PM).
Coordenador da GM , Márcio Pires explica que em uma das ocorrências, em uma chácara que recebeu várias denúncias, foi necessário deter quatro pessoas que organizaram a festa, que avançou no som alto e evidenciou o relaxamento nos cuidados para evitar a Covid-19. “Hoje é possível monitorar todas as denúncias e mapear as reincidentes”, detalha, lembrando que, nestes casos de reincidência, o resultado é detenção. Nesta situação específica, pessoas que estavam na festa tentaram abrir a viatura para retirar uma das detidas, acrescenta o coordenador.
Assim como festas particulares, estabelecimentos comerciais que também desrespeitaram a lei e as regras de biossegurança foram igualmente visitados pelas equipes, sendo devidamente notificados e multados, de acordo com a particularidade de cada ocorrência.
Mais que aplicar multas, esparramar a multidão e lembrar da importância de manter o som em um limite que não atrapalhe os vizinhos, o trabalho integrado também tem outra função: garantir que Sorriso possa concluir a travessia do período de pandemia preservando o maior número possível de vidas. “A pandemia já tem mais de um ano, entendemos que é difícil para as pessoas seguirem rigidamente as regras, mas precisamos que haja bom senso, permitindo assim que a balança ‘saúde e economia’ possa se manter equilibrada”, destaca prefeito de Sorriso, Ari Lafin.