Segunda-feira (03.04), o governador Mauro Mendes declarou que, com relação ao processo de adquirir a Concessionária Rota do Oeste, para assegurar as obras de duplicação da BR-163 em Mato Grosso, era necessário resolver somente duas questões no Tribunal de Contas da União (TCU) e formalizar um contrato de renegociação das dívidas com os bancos para o Governo do Estado.
“Tem dois pontos novos, ligados ao TCU, que envolvem a autorização para o deferimento de um processo, que está com o ministro Augusto Nardes e com o ministro Vital. Estivemos lá há 15 dias, pedindo para acelerar isso, porque é uma condição precedente do Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o ministro Bruno Dantas. Faltam esses dois detalhes e acreditamos que nesta e na próxima semana isso se resolva”, explicou o governador Mauro Mendes, em entrevista à Rádio Cultura FM.
O governador destacou que desde o início da gestão, em 2019, o Governo do Estado busca uma solução para o trecho mato-grossense da BR-163, e que o não cumprimento das obras de duplicação, previstas no contrato de concessão, tem causado prejuízos sociais e econômicos para a população.
A solução encontrada pelo Governo de Mato Grosso prevê que a MT Par, sociedade de economia mista do Estado, assuma o controle da concessão para retomar, de forma mais célere, as obras de melhorias na rodovia federal. A proposta foi considerada inovadora pelo Tribunal de Contas da União e tem sido referência para outros estados que enfrentam dificuldades em concessões de rodovias.
Como parte da proposta, o Estado buscou a negociação de dívidas junto aos bancos credores da Odebrecht. Na sexta-feira (31.03), o último credor, a Caixa Econômica Federal, aprovou a proposta de pagamento do Governo de Mato Grosso. De acordo com o governador, agora, um contrato deverá ser assinado com todos os bancos ao longo dessa semana.
Conforme o governador, a primeira medida a ser tomada após o Estado assumir o controle da Concessionária será a contratação da primeira obra de duplicação, no trecho prioritário entre o Posto Gil e Nova Mutum.
“Após muita persistência, deveremos assumir [a Concessionária] e está previsto investir nessa companhia mais de R$ 1 bilhão. E esse será o primeiro ataque imediato. Fazer a melhoria, com recapeamento da pista existente, e fazer a contratação da duplicação”, informou.