Mário Antônio da Silva, sogro da médica Monique Silva Batista, de 29 anos, que morreu vítima da covid-19, no Hospital Amecor, em Cuiabá, na segunda-feira (10), lamenta a perda da jovem e critica a falta de consciência da população, que na pandemia continua a promover aglomerações.
“Não custa nada essas pessoas ficarem um tempo sem frequentar um bar, um shopping, uma festa. Eles zombam dessa doença que diariamente tira a vida de várias pessoas e que infelizmente tirou a vida da minha nora, é triste isso”.
“As pessoas têm que ter consciência do mal que está acontecendo. Não adianta cobrar apenas o governo. As pessoas têm que se conscientizar e pensar no próximo ”, completou.
Mário comenta que Monique era apaixonada pela Medicina, conhecida por ser alegre feliz e sempre se preocupava com os outros. Ela trabalhava como médica no Hospital Coração de Jesus, em Campo Verde há um ano. “Estava realizando o sonho, fazendo o que mais gostava”.
Natural de Uberaba (MG), Monique fez medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e trabalhava no interior como plantonista no Hospital Coração de Jesus e no Programa Saúde da Família Rural e Unidade Sentinela do município.
Os pais e a irmã de Monique, que moram em Minas Gerais, viajaram para Mato Grosso no momento que souberam de sua internação.
Segundo o sogro de Monique, ela ficou internada no Hospital Amecor, em Cuiabá, por aproximadamente um mês. “Quando ela chegou ao hospital ela já estava muito mal, eu acho que a situação ficou pior pelo fato dela ter asma”, conta o sogro.
“A Monique era uma pessoa muito querida na nossa família. Ela e meu filho eram noivos e moravam juntos há muito tempo. Tinham uma relação muito boa, o casamento era só uma questão de formalidade. Eles eram tão jovens e tinham vários planos e sonhos pela frente, que foram interrompidos”, relatou Mario Antônio.