O motorista de uma ambulância e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tiveram que roçar o matagal em uma estrada para conseguir chegar até um paciente que precisava de atendimento, na comunidade rural Jangada Roncador, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, na sexta feira (6).
Houve várias dificuldades no percurso. Nesse mesmo dia, os funcionários ainda tiveram que desatolar a ambulância, usando pedaços de madeira O tempo entre buscar e levar o paciente para a cidade durou cerca de 6 horas.
A equipe recebeu o chamado às 7h e só retornou com o paciente por volta de 13h.
Segundo os funcionários, que não quiseram se identificar, esse tipo de situação costuma acontecer com frequência, principalmente nos atendimentos às comunidades rurais, onde as condições das estradas são precárias e o sinal de celular é ruim.
“No atendimento de sexta-feira, por exemplo, tivemos dificuldades com a localização do paciente e não conseguimos contato com a família. Quando foi possível, soubemos que já havíamos passado do local. A irmã do paciente teve que levá-lo 10 quilômetros adiante para nos encontrar”, disse.
Esse não é o único problema enfrentado pelos profissionais. Com o corte de gastos decretado pela Prefeitura de Chapada dos Guimarães, em novembro deste ano, a única equipe do Samu passou a atender durante a semana, com menos funcionários, sendo um técnico de enfermagem e um condutor de veículo.