Um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso está bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o levantamento, em todo o estado, a expectativa era fazer 156 mil mamografias, mas somente 12 mil foram realizadas, o que corresponde a uma cobertura de 8,3%.
No Brasil, o percentual é o menor dos últimos cinco anos. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pessoas que têm predisposição ao câncer devem tomar cuidados ainda maiores. Entre os fatores de risco, estão o histórico familiar, a idade, a menarca precoce, a menopausa tardia, a primeira gravidez depois dos 30 anos e também o fato de não ter filhos.
A ingestão de bebidas alcoólicas, mesmo em quantidade moderada, também pode aumentar as chances do câncer, assim como a exposição a radiações ionizantes antes dos 35 anos.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Nacional, Antonio Luiz Frasson, de um modo geral em todo o país, as dificuldades de acesso estão entre as causas da baixa procura.
Ele afirma que as pacientes encontram obstáculos para agendar a mamografia, pois há cidades que não têm mamógrafos e o deslocamento também é difícil. Os problemas são os mais variados e similares em todo o Brasil.
O câncer de mama é o tipo que mais mata as mulheres brasileiras. Segundo ele, a falta de informação também impacta na baixa procura, já que muitas mulheres acreditam que estão protegidas apenas fazendo o autoexame das mamas ou o exame clinico.
A mamografia é o principal exame capaz de realizar o diagnóstico precoce a ponto de detectar nódulos não palpáveis clinicamente.