O dia 24 de março é conhecido como dia mundial de combate à tuberculose, doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. Em Sinop, de acordo com dados registrados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-Net), desde 2017 até o momento, cerca de 230 pessoas foram diagnosticadas com a doença e procuraram por atendimento na rede do Sistema Único de Saúde do município. Somente neste ano, somam-se 9 casos.
Tuberculose
O coordenador do Centro de Referência de Hanseníase e Tuberculose, Márcio Henrique de Souza, explica que as Unidades Básicas de Saúde do município promovem o acolhimento dos pacientes com suspeita da doença e realizam as consultas médicas. “Todas as UBS’s realizam essa abordagem sobre a doença. A realização da consulta é na UBS [de referência do paciente]. O PPD [exame de identificação] e o exame de escarro são ofertados pelo município e realizados no Centro de Referência”, detalhou o processo. Quando há necessidade de exames de raio-X, a solicitação é feita via Central Municipal de Regulação.
A doença, que pode levar a morte, tem como principal sintoma a tosse na forma seca, além de outros sintomas como: febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, cansaço ou fadiga. No caso de identificação de sintomas, como tosse por mais de três semanas, a recomendação é procurar o atendimento médico para diagnóstico e início de tratamento.
A transmissão ocorre de maneira aérea, a partir da inalação de aerossóis oriundos da fala, espirro ou tosse de pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea). Na forma extrapulmonar, ocorre com mais frequência em pessoas que vivem com HIV, em especial com comprometimento imunológico. Com o início do tratamento, a transmissão da doença diminui gradativamente e, de maneira geral, a redução já pode ser verificada após 15 dias do tratamento.
VOCÊ SABIA?
Cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e a doença leva mais de um milhão de pessoas a óbito anualmente. A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, principalmente a forma positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.
