Com o objetivo de entender a dinâmica de um crime cometido há 24 anos, peritos criminais da Gerência de Criminalística realizaram uma reprodução simulado dos fatos, na última sexta-feira (02.08), em Sinop. O procedimento foi acompanhado pelo homem de 64 anos, que confessou à polícia ter matado sua esposa e ocultado seu corpo em uma cova no banheiro da casa em que viviam.
Segundo o perito criminal Leandro Valendorf, mesmo com a prescrição do crime, foram adotados todos os cuidados para obter uma amplitude de provas para que, no âmbito judicial, o acusado possa ser adequadamente processado no que for cabível. O laudo pericial deverá ser concluído em dez dias.
A ossada que pode ser de Luzinete Leal Militão foi localizada por profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Polícia Judiciária Civil, na tarde da sexta-feira (02.08).
Os ossos estavam enterrados em uma cova, dentro do banheiro da residência onde ela morava com a família, quando desapareceu, em Sinop. Junto à ossada da vítima foram encontrados diversos pertences como documentos, joias, carteira e roupas femininas.
A escavação foi acompanhada pela equipe da Gerência da Criminalística de Sinop composta pelos Peritos Criminais Leandro Valendorf, Nayane B. Lanzieri e Marcos Waetcher. Os trabalhos duraram aproximadamente três horas. Participaram também o Perito Médico Legista Rafael Maximiano e a Técnica em Necropsia Ludimylla Lins Gondin dos Santos.
De acordo com ele, após escavarem aproximadamente 65 centímetros do piso do banheiro foi possível encontrar algumas tábuas que, segundo o autor, foi posto ao lado do corpo simulando um caixão.
“Como o autor do crime disse ter golpeado a vítima na região do pescoço com o emprego de um “pé-de-cabra” será também analisado se os fragmentos ósseos do maxilar foram produzidos pelos golpes ou em decorrência do processo de decomposição”, afirmou Leandro Valendorf
Restos mortais foram recolhidos e enviados à Gerência de Antropologia do IML de Cuiabá, inclusive, os fragmentos do osso maxilar para a determinação da causa das fraturas, e a causa da morte. Amostras do material serão enviadas para o exame de identificação genética, no Laboratório Forense da Politec, para a confirmação da identidade da vítima.
Idoso procura polícia e diz ter matado mulher e enterrado corpo no banheiro há 24 anos em MT