Gislaine Ferreira da Silva, de 33 anos, foi morta a facadas na madrugada deste domingo (23) em uma pensão no bairro Maria Vidilina II, em Sinop. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local, conforme informações da Polícia Civil.
O crime ocorreu durante uma discussão com o companheiro, que, segundo a investigação preliminar, desferiu diversos golpes de faca contra a mulher. A cena foi confirmada por equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, acionadas por moradores da região.
A polícia relatou que o casal vivia na mesma pensão e tinha um histórico de conflitos frequentes. Na madrugada do ataque, mais um desentendimento terminou de forma violenta, culminando na morte de Gislaine. A investigação trabalha com a hipótese de feminicídio desde o início.
Uma testemunha tentou intervir ao perceber que a vítima estava sendo esfaqueada. Para interromper o ataque, atingiu o agressor com um pedaço de ferro, provocando um ferimento na cabeça do homem. A ação conteve a agressão e permitiu que os vizinhos chamassem ajuda.
Quando os socorristas chegaram, Gislaine já estava caída no chão da residência, sem sinais vitais. A área foi isolada para os primeiros levantamentos da Polícia Civil, que recolheu informações com moradores e a testemunha que tentou impedir o crime.
O suspeito foi detido em flagrante e levado pelo Corpo de Bombeiros à Unidade de Pronto Atendimento André Maggi, onde recebeu atendimento pelo ferimento provocado durante a intervenção da testemunha. Ele permaneceu sob custódia da Polícia Militar enquanto aguardava os procedimentos legais.
Investigação em andamento
De acordo com dados do Ministério Público de Mato Grosso, há registro oficial de 50 feminicídios no estado desde o início do ano, sendo cinco deles em Sinop. Se a morte de Gislaine for confirmada como feminicídio após a conclusão do inquérito, os números subirão para 51 no estado e seis no município.
A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e analisando o histórico do casal para compor a dinâmica completa do caso. Os investigadores também buscam elementos que possam confirmar a motivação do crime e reforçar o enquadramento legal previsto na legislação brasileira para feminicídio.
O inquérito deve reunir laudos periciais, relatos de moradores e o depoimento do suspeito, que será ouvido após receber alta médica. A autoridade policial responsável informou que as próximas etapas incluem a análise dos objetos apreendidos no local e o cruzamento das versões apresentadas.
Conforme a força de segurança, o caso deve seguir para o Ministério Público após a conclusão das diligências, que poderá oferecer denúncia com base nas provas reunidas. Informações complementares serão divulgadas conforme o avanço da apuração.
Fonte: informações da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Ministério Público.























