Na avaliação dos especialistas, os dados revelam um cenário preocupante e que serve de alerta para uma maior atenção e cuidado nas vias. A palavra de ordem é consciência, visto que a maior parcela dos casos é provocada por fatores humanos, sejam eles a falta de atenção, excesso de velocidade, desrespeito às normas e leis, e não por fatores de ordem mecânica, com veículos.
“Não é a falta da sinalização, de manutenção de veículos, mas, sim, a questão de ser humano. Esse é o ponto que, por mais que a pessoa tenha formação na auto-escola, campanhas sejam realizadas, o fator humano e a consciência no trânsito sempre serão determinantes para ocorrências dessa natureza”, alerta o guarda civil Alessandro Silva Oliveira, da área de Planejamento Estratégico e Estatístico da Secretaria Municipal de Trânsito.
O detalhamento da Pasta mostra que dos 1.113 acidentes contabilizados no município, 658 registraram, apenas, danos materiais. Já outros 455, por sua vez, algum tipo de lesão corporal. Conforme observa Alessandro Silva Oliveira, embora o número de casos com ferimentos seja inferior ao dos acidentes sem vítimas, o cenário preocupa porque os números, quando observados na totalidade, revelam um alto risco para acidentes.
“O risco continua crescente porque o número de acidentes nos quais não ocorrem vítimas continua alto e vem aumentado cada vez mais. Isso leva ao risco de ocorrer o acidente com vítima”, expõe o guarda civil municipal.
Na série histórica traçada pela Secretaria de Trânsito desde 2010, os 1.113 acidentes do primeiro semestre deste ano apresentam-se como um dos mais elevados, ficando atrás, somente, do ano de 2017, quando 1.239 acidentes foram registrados. Ano a ano, os casos apresentaram o seguinte comportamento: 817 acidentes no primeiro semestre de 2010; 821 em 2011; 934 acidentes no primeiro semestre de 2012; 1.092 em 2013; 1.006 em 2014; 1.076 em 2015; 1.009 em 2016; 1.239 em 2017; 1.063 em 2018; e, 1.113 em 2019.