Sinop em alerta; já registrou 1.094 casos suspeitos de dengue

Estado estabelece plano de ação para enfrentar a dengue em Sinop

Fonte: CenárioMT

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) organizou uma reunião para debater o enfrentamento da emergência de dengue em Sinop, município localizado a 478 km de Cuiabá. O encontro ocorreu na tarde desta terça-feira (18.02), no auditório do Ministério Público, e reuniu representantes do Ministério da Saúde, do Governo do Estado, do Município e da Promotoria de Justiça de Sinop.

Na oportunidade, foi apresentado um “diagnóstico” técnico da situação do município – avaliação que foi realizada por técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado. Dentre as circunstâncias apontadas, está a baixa cobertura de visitas domiciliares, o elevado índice de infestação e a ausência de notificação e investigação de óbitos por dengue.

“Realizamos uma reunião de alinhamento para tratar de um plano de ação estratégica de enfrentamento à dengue em Sinop. Estamos na fase de combater uma situação que não deveria existir, pois algum ponto do trabalho que antecede essa epidemia foi frágil. Portanto, as áreas técnicas do Estado e do Ministério desenharam estratégias emergenciais de contenção da dengue, mas é importante frisar que esse planejamento também prevê, passados os próximos dois meses, a adoção das medidas preventivas já para o final deste ano e início do próximo”, explicou Gilberto Figueiredo, secretário estadual de Saúde.

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Neste contexto de epidemia, Sinop preocupa por registrar 1.094 casos suspeitos de dengue (dados do Sistema Nacional), sendo um dos municípios que configuram uma incidência muito maior do que a ideal. Como estratégia para a contenção da doença, a SES fornecerá cinco bombas costais motorizadas, de três a cinco veículos com bombas acopladas e 800 litros de inseticida.

Além do fornecimento de equipamentos e insumos, a SES e o Ministério da Saúde auxiliarão na capacitação da rede de atenção; realizará apoio para o fechamento de notificações de casos e óbitos; realizará as análises laboratoriais para isolamento viral e disponibilizará leitos do Hospital Regional de Sinop para os pacientes com sintomas graves. O Estado também prestará apoio por meio da Defesa Civil e dos Bombeiros.

“É preciso que todos os atores entrem de forma mais agressiva (nesse cenário). Não podemos esperar a dengue avançar ainda mais. Qual é a explicação para não termos notificações nas duas últimas semanas? A questão de subnotificação é gravíssima porque impacta diretamente nas ações a serem tomadas”, pontuou Pompílio Paulo de Azevedo, promotor de justiça.

Ao município, cabe ações como a ampliação da cobertura de visitas domiciliares e imóveis, ampliação no horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde, ampliação do número de agentes de endemias na rotina das ações preventivas, adequação do fluxo para a notificação dos casos em tempo oportuno, investigação e conclusão dos casos de dengue, disposição de insumo e ampliação do envio das amostras para isolamento viral ao Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen).

“Fomos os primeiros a pedir ajuda e isso é um fator positivo. Procuramos a ajuda do Estado e do Ministério da Saúde. Colocaremos em prática muitos dos apontamentos feitos aqui [na reunião]. Todos estão preocupados com o combate à dengue, mas também é importante a colaboração e a participação efetiva da população”, disse Rosana Martinelli, prefeita de Sinop.

Dengue em Mato Grosso

Sinop não é o único município de Mato Grosso a registrar situação de emergência para dengue: Cláudia, Tapurah, Feliz Natal e Sorriso são algumas das cidades que também registram alta incidência.

Os dados apresentados evidenciam que o Estado é suscetível à epidemia da doença devido ao clima que, durante o verão, combina elementos como a chuva e o calor. Mato Grosso ocupa o 4º lugar no ranking nacional do número de casos registrados de dengue e, por isso, atua no sentido de enfrentar a doença.

Como forma de alertar a população dos 141 municípios, o secretário estadual frisou que é necessária a conscientização dos gestores e, sobretudo, dos cidadãos. “É importante que a população entenda que é preciso participar dessa tarefa de vistoria das instalações. O poder público faz um grande esforço de mobilização para atacar os focos de multiplicação do mosquito em área públicas, mas nas áreas privadas é essencial a cooperação dos proprietários”, conclui o gestor.

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