Em Mato Grosso, mais de 300 mil pessoas são atendidas pelas 22 bases de polícia comunitária. O Estado é um dos primeiros do Brasil a adotar e que tem trazido resultados positivos para as políticas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Na manhã desta terça-feira (18.12), policiais militares e civis, bombeiros militares e alunos dos cursos de formação da Políca Militar (PM) participaram da palestra “Polícia Comunitária, Democratização da Segurança Pública”, com o coronel PM da reserva Clarindo Alves de Castro.
Mestre em Educação e Cultura, o coronel estudou a ação da Polícia Comunitária em Mato Grosso em seu mestrado, desde o início da integração entre Polícia e Comunidade, com o projeto Guarda Mirim, em 1995, em Mirassol D’Oeste, até a formação atual para o trabalho junto às comunidades. Apesar de ser um trabalho recente no Brasil, ações similares à Polícia Comunitária já são realizadas no Canadá, Estados Unidos e Chile, com foco na prevenção da criminalidade, através do apoio da sociedade.
“Não temos como enfrentar o fenômeno da violência sem trabalhar em parceria com a comunidade. A ideia é trabalhar a proatividade, a prevenção, para evitar que seja necessária a reatividade ou repressão. Quando eu e alguns colegas participamos de um curso de aperfeiçoamento em Goiânia, em 2001, e apresentamos um trabalho sobre o tema e nos desestimularam. Mas decidimos continuar nessa luta, que trouxe muitos resultados positivos”, enfatiza o coronel Castro.
Para o gerente de Polícia Comunitária da Sesp, tenente-coronel PM Josadack Valdevino Teixeira, esse tipo de palestra é uma maneira de aperfeiçoar as técnicas de trabalho junto à comunidade. “É uma filosofia nova, que trouxe um modo diferente de pensar. E, como filosofia, é algo que está em constante atualização e aprimoramento, não é algo pronto e acabado, por isso temos que sempre buscar nos atualizar e também debater o tema”.
Um dos projetos que busca ainda mais a inserção da polícia na vida das comunidades é o Bairro Integrado, que em 2018 realizou cinco edições em Cuiabá e Várzea Grande, levando noções de cidadania e segurança para crianças e adolescentes de escolas públicas. “A relação entre a sociedade e a Segurança pública é muito importante para a redução da criminalidade e essa é uma filosofia que começa a se difundir. Com o Bairro Integrado levamos às escolas os agentes da segurança para que eles possam ser exemplos para a nova geração e também para valorizar o trabalho dos nossos profissionais”, afirma o secretário da Sesp, Gustavo Garcia.