Servidores da Politec recebem moções de aplausos pelas perícias do caso Isabele

Para o deputado estadual João Batista, os trabalhos revelam a independência e capacidade técnica dos profissionais da Politec, e merece ser reconhecida pela sociedade.

Fonte: CenárioMT

Servidores da Politec recebem moções de aplausos pelas perícias do caso Isabele2021 02 08 16:06:22
- Foto por: Tita Mara Teixeira/ Politec-MT

Nesta segunda-feira (08.02), dezenove servidores da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que atuaram nas perícias criminais do “caso Isabele”, receberam moções de aplausos nº 651/2020, de autoria do Deputado Estadual, João Batista.

O crime aconteceu no dia 12 de julho de 2020, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá quando a adolescente Isabele Guimarães Ramos foi morta com um tiro de pistola disparado por uma amiga da mesma idade, na casa da amiga.

Os trabalhos realizados pela Politec resultaram em doze laudos periciais – de local de crime, balística, áudio e video, computação forense, biologia forense, toxicologia, necropsia, reprodução simulada, que consistem nas provas materiais que compõem o inquérito policial, embasando toda a persecução penal, até a sentença judicial.

Para o deputado estadual João Batista, os trabalhos revelam a independência e capacidade técnica dos profissionais da Politec, e merece ser reconhecida pela sociedade. “O mais importante de tudo isso é poder mostrar para a sociedade o alto nível técnico que têm os nossos profissionais da Politec, e nesse caso em específico, como teve grande visibilidade na mídia é poder mostrar para a sociedade o nível de autonomia que estes profissionais tem, que não se deixar viciar, seja por pressão política, psicológica ou física, são profissionais de excelência o que faz com que a sociedade acredite cada vez mais no trabalho que eles desenvolvem aqui dentro”, destacou.

O diretor-geral da Politec, Rubens Sadao Okada agradeceu em nome da instituição pela homenagem recebida.

“Essa honraria dada pelo deputado é muito importante em relação ao reconhecimento a esses profissionais que atuam de forma incansável em todas as perícias do Estado. Este caso é apenas um dentre as 57 mil perícias realizadas em 2020. Eles trabalham nos bastidores, com a autonomia necessária, com tranquilidade, para que seja esclarecido o que realmente em qualquer fato, esse é papel do perito – materializar o fato de qualquer local de crime, para auxiliar a Justiça”, frisou.

Um dos servidores homenageados, que atuou na necropsia da vítima, o médico legista Eduardo Andraus Filho, reforçou a importância da Medicina Legal para a elucidação do crime. “Toda a Medicina Legal fica muito honrada em ter seu serviço reconhecido. Nosso serviço sempre prestado em situações que não inspiram alegria nas pessoas, mas é necessário para que, através da ciência a Justiça seja feita. E nós procuramos, todos os dias, incansavelmente, trabalhar para entregar um serviço de qualidade, oferecer a prova para que a verdade seja desvelada e as autoridades possam ter certeza em suas decisões”, afirmou.

Perícias

Conforme os laudos da Politec, a vítima estava no banheiro da casa de propriedade do empresário Marcelo Cestari, pai da autora do ato. Em depoimento à Polícia, a garota alegou que o disparo contra a amiga foi acidental e ocorreu quando tentou guardar o case da arma, deixado na residência pelo seu namorado.

Porém, os laudos colocaram em xeque esta versão, apontando que o disparo não teria acontecido de maneira acidental. Conforme os peritos, o autor do crime estava de frente para a vítima, atirou frontalmente e a curta distânca (20 a 30 cm da vítima). O tiro atingiu o nariz da menor e transfixou para a sua cabeça, ainda segundo o laudo. De acordo com a descrição dos laudos, o impacto do disparo fez com que o corpo caísse de joelhos para frente e depois para trás no banheiro, com sua cabeça no box.

A reconstituição do crime, realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), contou com a participação de seis servidores da Politec.

O inquérito, presidido pelos delegados Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e Fernando Kunze, da Delegacia dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá – Deddica, foi finalizado no dia 02 de setembro, levando à conclusão de que Isabele foi morta com um tiro disparado intencionalmente por sua amiga. Para os delegados a perícia técnica foi fundamental para esclarecer o que aconteceu na noite do crime.