Os profissionais da educação de Mato Grosso decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (4), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, entrar em estado de greve. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) informou que o estado de alerta é um indicativo para o governo reavaliar a postura e buscar uma negociação.
Durante a assembleia, os profissionais analisaram as medidas adotadas pelo governo Mauro Mendes (DEM) para a redução de gastos.
“O pacote de Mauro Mendes já congelou os salários dos servidores com o calote da RGA de 2018, e a suspensão da revisão pelos próximos dois anos”, disse o professor Henrique Lopes.
Ele se refere aos projetos de autoria do Poder Executivo aprovados em janeiro pelos deputados.
Com a aprovação, a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores estaduais está congelado por dois anos e condicionada à capacidade financeira do estado.
De acordo com o Sindicato, as medidas não atacam apenas os servidores da ativa, compromete também os aposentados.
Durante a assembleia, foram encaminhadas para votação duas moções. A primeira contra a Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro, e a segunda, em apoio à mobilização unificada dos servidores da cidade de São Paulo.
Crise
Além do congelamento da RGA, o governador Mauro Mendes (DEM) também extinguiu nove secretarias e condicionou a existência de seis autarquias à comprovação de viabilidade num prazo de seis meses.
Mendes também assinou no dia 17 de janeiro um decreto de estado de calamidade financeira ao alegar dívidas deixadas pela administração anterior, estimadas em R$ 4 bilhões, e despesas acima da arrecadação prevista para este ano. A estimativa de déficit é de R$ 1,7 bilhão.
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