Na terça-feira (27), uma publicação no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso anunciou a demissão de um funcionário do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) sob a acusação de cobrar propina no valor de R$ 200 para aprovar um candidato no exame de direção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O incidente ocorreu em 2018, durante um teste realizado em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
A decisão de demitir o servidor veio após o Detran iniciar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar o caso. Conforme a denúncia, o examinador informou ao candidato, durante o teste dentro do veículo, que ele havia sido reprovado por derrubar um cone. No entanto, o candidato negou ter cometido a infração. Após a recusa em pagar a propina inicialmente solicitada, o examinador mudou de posição, sugerindo que aprovaria o candidato se este pagasse o valor proposto, alegando que o candidato “parecia ser gente boa”.
O candidato relatou o incidente ao instrutor da autoescola em que estava matriculado na época. O instrutor, por sua vez, acionou a Corregedoria do Detran.
Após receber a denúncia, as autoridades policiais prenderam o servidor em flagrante no local do exame. Posteriormente, ele foi condenado a dois anos de reclusão pelo crime de corrupção passiva. No entanto, a pena foi prescrita em fevereiro de 2023.