A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aplicou R$ 818.464,32 em multas e embargou três empreendimentos por estoque de madeira sem origem legal e em desconformidade com o saldo declarado no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora). As madeireiras estão localizadas no distrito de Três Fronteiras, na cidade de Colniza (1.067 km de Cuiabá).
A ação faz parte da Operação Amazônia e contou com equipes da Superintendência de Fiscalização da Sema-MT, técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e apoio das forças de segurança da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), incluindo o Grupo Especial de Fronteira (GOE) e Grupo Especial de Fronteira (Gefron).
As equipes foram a campo entre os dias 1º e 12 de maio. Já o relatório apontando as ilegalidades foi concluído nesta segunda-feira (15.05). Foi constatada movimentação fraudulenta de créditos de madeira, em desacordo com os registros inseridos no sistema de controle de crédito florestais.
A fiscalização apreendeu o total de 755,4657 m³ de madeira em toras, 338,1123 m³ de madeira serrada e bloqueou de aproximadamente 400,00 m³ em créditos virtuais do Sisflora. Provavelmente, estes créditos seriam utilizados para “esquentar” madeira – o termo significa dar aparência de legalidade ao produto florestal de desmatamento ilegal.
Os fiscais aferiram no local o saldo declarado no Sisflora, e o existente no pátio. Com isso, foram identificadas as seguintes infrações: inserção de informação falsa em sistema oficial de controle de créditos florestais, operação em desacordo com a licença, comércio irregular de créditos florestais, ter em depósito madeira serrada e em toras sem origem legal e descumprimento de notificação emitida pelo órgão ambiental.
A Sema-MT bloqueou os empreendimentos no Sisflora e segue monitorando as informações referentes aos créditos florestais para coibir ilegalidades A Operação Amazônia continua em campo com cerca de 200 servidores atuando contra o desmatamento ilegal, com foco nos municípios que mais desmatam ilegalmente.